Cotidiano

Autossocorro para mente

Diário da Manhã

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 23:59 | Atualizado há 8 anos

A neuropsicopedagoga Kelley Marques lança um guia prático chamado SOS Coaching. O objetivo do treinamento lançado pela autora é a busca pelo equilíbrio contra a ansiedade, depressão e o estresse. Tudo começa no pedido de ajuda.

A busca por sintomas e como diminuir o estresse é um dos mais procurados no site de pesquisas Google, quando o assunto é saúde. A vida moderna é cheia aborrecimentos, correrias, prazos, frustrações, barulhos e distrações, viver estressado tornou-se, praticamente, um estilo de vida.

Como toda e qualquer emoção, o estresse não é de todo mal. Em doses pequenas e regulares, ele pode motivá-lo a dar o seu melhor.  Mas ele é perigoso, qualquer dose errada de estresse e seu corpo e mente estarão ferrados.

Kelley Marques revela que a criação do SOS Coaching se deu a partir de uma pesquisa que durou mais de 10 anos. Durante a pesquisa, foram descobertos três pilares básicos para perceber as doenças causadas pelo estresse, depressão e ansiedade: o que te deixa indignado, como o seu corpo reage diante da indignação e qual a condução/atitude inteligente para que você não adoeça diante de vários estímulos negativos.

Reagimos, num primeiro instante, a uma situação, de qualquer natureza, com o cérebro reptiliano. Que encontra-se na parte de trás da nossa cabeça, segundo os neurocientistas, o cérebro reptiliano é um dos primeiros a se formar. Ele é responsável por funções básicas como controlar os batimentos cardíacos e movimentos simples como levantar ou abaixar um braço.

Além de ser responsável pela manutenção básica da vida, respiração e coração, o cérebro reptiliano comanda as nossas emoções mais primitivas: medo, raiva e desejo (sexo e alimento). Kelley explica que é onde o treinamento começa. “Eu chamo esse treino de: como adestrar seu réptil. O foco deste treino é o uso das ferramentas: respiração e movimento. Nós usamos o que eu costumo chamar de ‘felizômetro’ que é uma das formas de medição que usamos a partir do movimento e respiração. O plano deste exercício consiste em uma base de respiração em 3 segundos. Inspiração por 3 segundos, segurar por 3 segundos e soltar o ar por 3 segundos. Esse é o primeiro passo para não ser influenciado pelos agentes estressores”, explica.

O segundo treino é focado no cérebro mamífero, que é o cérebro sensitivo. Com base na neurociência, nós não mais temos 3 ou 5 sentidos, mas na verdade, temos 33 sentidos. Fica entendido, então, que o foco do segundo treinamento é domar o mamífero. “Ele é o que provoca as sensações, percepções e emoções. E é um dos principais responsáveis pelo sistema nervoso autônomo e ele é o que provoca ou resiste fazendo com que o sistema simpático e o parassimpático provoquem somatização no corpo todo. Para este treinamento, é utilizado o ‘motivometro’. Que é a ferramenta essencial para trabalharmos a alimentação. Que é o consumo”, compartilha Kelley.

Chegamos finalmente no último treinamento que é voltado para o cérebro cognitivo, o nosso cérebro humano. Nesse treino a intenção é que o ser humano se utiliza, tanto, do cérebro reativo quanto do cérebro sensitivo e também do cérebro humano. “Assim ele consegue fazer todo o uso do sistema nervoso autônomo, do uso dos neuropeptídeos, que são a utilização das sinapses (caminhos neurais) e que eles vão estar acontecendo dentro do processo consciente da neuroplasticidade. O que vem a ser isso? São todos os usos dos estímulos externos com foco na celebração da aprendizagem. Dentro desse processo a ferramenta de prioridade é o ‘elogiômetro’, porque cada situação vivenciada cabe a você estar aprendendo com cada situação para que se desenvolva um novo caminho neural. E dentro desse novo caminho é uma nova organização de um caminho simpático e parassimpático externos com foco na celebração e aprendizagem”, revela Kelley.

 

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