Cai taxa de homicídios em Goiás
Diário da Manhã
Publicado em 9 de outubro de 2015 às 00:45 | Atualizado há 9 anos
Goiás deixou de ser o quarto Estado brasileiro com maior quantidade de homicídios para ocupar a sétima posição. Estes dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) baseados no 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que foi publicado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O Estado recuou na taxa de homicídios, quando comparados os anos de 2013 e 2014. De 40,1 homicídios dolosos a cada 100 mil habitantes, Goiás foi para 39,5 no ano passado. Apenas dez Estados tiveram diminuição na taxa de homicídios.
O anuário contém informações sobre taxas de criminalidade, sistema prisional e o perfil das polícias brasileiras. Os índices de homicídio são baseados nas informações repassadas pelas secretarias de segurança dos Estados. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública tem um critério que confiabilidade, onde classifica a SSP-GO como “Grupo 1”, que tem “maior qualidade das informações”.
Desde 2011, com a criação da Gerência de Análise de Informações, a SSP-GO publica dados sobre crimes e atividade policial em seu site mensalmente, com exceção do número de mortes decorrentes de intervenção policial.
Divergência
De acordo com o DataSUS, estatística criada pelo Ministério da Saúde, a partir de declarações de óbito, Goiás é o terceiro Estado com mais homicídios do país, baseado nos dados mais recentes de 2013, com a taxa de 48,3 homicídios a cada 100 mil habitantes. Logo a frente, no topo do ranking, estão Alagoas e Ceará.
Os dados do DataSUS, que são usados pela pesquisa Mapa da Violência, foram questionados pela SSP-GO em um artigo de dezembro de 2014 chamado “A verdade sobre os números”. Nele, se explica essa alta taxa de homicídios por conta da imprecisão quanto a causa das lesões fatais, que também poderiam ser causadas por acidente e suicídio.
Para se ter uma ideia da divergência entre os dados, em 2013 aconteceram 595 homicídios em Goiânia, de acordo com a SSP-GO e 790 de acordo com o DataSUS, uma diferença de 195 vítimas.
Sobe homicídios no Brasil
Daniel Mello,Agência Brasil
Em 2014, o Brasil registrou 160 mortes violentas intencionais por dia. Segundo levantamento divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os homicídios dolosos, latrocínios e as lesões corporais seguidas de morte somaram 58.559 casos no ano passado. O número é 4,8% maior do que as 55.878 vítimas registradas em 2013. Com o aumento, a taxa de mortes violentas no país passou de 27,8 por 100 mil habitantes para 28,9 para cada grupo de 100 mil pessoas em 2014.
A maior parte dessas mortes foi enquadrada como homicídio doloso. Foram 53.305 casos no ano passado, com crescimento de 4,26% em relação aos 50.167 crimes do mesmo tipo praticados em 2013. Em seguida, a ação policial aparece como segunda maior causa de óbitos violentos. Em 2014, foram mortas por policiais oito pessoas por dia, em um total de 3.022 casos. O número é 37,2% superior às 2.203 mortes causadas pelas forças de segurança em 2013.
Os roubos seguidos de morte vitimaram 2.061 pessoas em 2014. Em 2013, foram registrados 1.928 latrocínios em todo o país, além de 1.172 lesões corporais seguidas de morte. O número de ocorrências desse último crime caiu para 773 casos em 2014. As mortes de policiais também caíram, de 408 casos, em 2013, para 398, no ano passado.
Alagoas teve a maior taxa de mortes intencionais por 100 mil habitantes, foram 66,5 em 2014. Entretanto, o número representa queda de 3,5% em relação à taxa de 2013, quando o estado teve 68,9 mortes por grupo de 100 mil pessoas. Em números absolutos, foram 2.208 casos registrados em 2014, contra 2.273 no ano anterior.
A Bahia registrou o maior número absoluto de mortes violentas, com 6.265 vítimas em 2014. Em 2013, o estado teve 6.026 óbitos intencionais. De um ano para outro, a taxa subiu de 40,1 por 100 mil habitantes para 41,4 casos para cada 100 mil pessoas.
O Rio de Janeiro foi o segundo estado em número absoluto de mortes intencionais – 5.714 em 2014 e 5.348 em 2013. A taxa por 100 mil habitantes subiu 6,3%, de 32,7, em 2013, para 34,7, no ano passado.
Apesar de ser o terceiro estado com o maior número absoluto de vítimas – 5.612 em 2014 – São Paulo tem a menor taxa de mortalidade violenta intencional por 100 mil habitantes, 12,7. O número representa crescimento de 1,7% em relação ao índice de 12,5 mortes a cada 100 mil pessoas verificado em 2013. Naquele ano, os homicídios dolosos, latrocínios, as lesões corporais seguidas de morte e vítimas de ação policial somaram 5.472 casos. As forças de segurança paulistas também foram as que mais causaram mortes em 2014 – 965 casos, com alta de 57,1% em relação às 614 mortes do ano anterior.
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