Cotidiano

Cão tem patas arrancadas por foice, mas polícia não investiga agressão

Welliton Carlos da Silva

Publicado em 1 de junho de 2016 às 20:19 | Atualizado há 9 anos

Uma imagem chocante tem provocado os defensores dos animais em todo país: um cachorro aparece com as patas amputadas em cenas de vídeo e fotos.

A violência aconteceu em São Simão, município do sul de Goiás. O cachorro teria sido atingido com um golpe de foice.

O proprietário do animal resolveu levá-lo para casa após o cachorro ser tratado em uma clínica da cidade.

As autoridades policiais e demais órgãos de investigação e acusação não apuram o caso, sob alegação de que nenhum proprietário denunciou o fato como crime.

Mas a norma não exige tal postura. O artigo 32 da Lei 9605/98, que trata  das sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, penaliza a agressão sem a necessidade de qualquer ato formal do proprietário do animal: “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

Moradores da cidade informam que a agressão teria ocorrido na última segunda-feira. “Eles flagraram o cachorro se arrastando. Ele estava com uma fratura exposta”, diz o frentista João Maurício.

A agressão deixou os nervos expostos do animal e provocou uma imagem de extrema violência.

Uma veterinária da cidade atendeu o cachorro, que agora terá que usar uma cadeira de rodas para se locomover.

Uma situação emocionou os presentes na Clínica de Veterinária: após acabar o efeito da anestesia, o cão tentou andar e não conseguiu.

O proprietário do animal diz que ele ainda não sabe o que aconteceu e reiteradamente tenta ‘andar’.

 

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