Cotidiano

Casal de pastores é condenado por manter “campo de concentração”

Pastores são condenados a 10 anos por tortura em clínicas de reabilitação em Anápolis. Saiba mais sobre o caso e as vítimas envolvidas.

Hélio Lemes da Silva Filho

Publicado em 24 de maio de 2024 às 10:58 | Atualizado há 8 meses

O casal de pastores Angelo Mário Klaus Júnior e Suelen Amaral Klaus, foi condenado a 10 anos e três meses de prisão por tortura e cárcere privado, nas clínicas de reabilitação clandestinas que o casal mantinha, em Anápolis.

As clínica foram encontradas no final de agosto do ano passado, depois que um idoso, de 96 anos, conseguiu fugir do local. Durante as investigações, a polícia identificou mais de 70 vítimas do casal, que foram internadas nas clínicas e mantidas no local contra a sua vontade.

Na ocasião o delegado do caso, Manoel Vanderic, que coordenou a operação que resgatou os pacientes, comparou o local a um “campo de concentração”.

Casal de pastores tinha conhecimento sobre as torturas nas clínicas

A juíza, Lígia Nunces de Paula da 2ª Vara Criminal de Anápolis, disse na sentença que as provas confirmaram que o casal era o responsável por manter as clínicas, e que eram permitidos abusos físicos e psicólogicos, que havia permissão dos pastores para que os internos fossem torturados.

A magistrada pontuou também que durante os depoimentos de cinco funcionários e internos das clínicas, foi demonstrada a supervisão do casal de pastores no local. E que eles tinham conhecimento das condições do local, dos tratamentos fornecidos aos internos e das torturas.

Além do casal de pastores, outras cinco pessoas também foram condenadas.

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