Cotidiano

Centro-Oeste terá R$ 595 mil para conservação

Diário da Manhã

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 00:29 | Atualizado há 7 anos

Um total de R$ 1,6 milhão será doado a 13 novos projetos de con­servação da natureza em todas as regiões do Brasil, a partir da segun­da quinzena de fevereiro. Selecio­nadas por meio de editais públicos lançados no segundo semestre de 2017 pela Fundação Grupo Boti­cário de Proteção à Natureza, as iniciativas serão desenvolvidas em diversos biomas brasileiros e nos ecossistemas costeiro e ma­rinho. Na Região Centro-Oeste são cinco os projetos que recebe­rão apoio financeiro e que, juntos, somam cerca de R$ 595 mil.

Três desses projetos são do Mato Grosso do Sul (MS). A ini­ciativa “Abundância e tendências da população de cervos do Parque Nacional da Ilha Grande, Paraná, Brasil” visa atualizar as estimati­vas da população de cervos que habitam a região do Parque Esta­dual da Ilha Grande (PR) e Parque Estadual Várzeas do Rio Ivinhema (MS). Serão feitos levantamentos aéreos, que irão possibilitar ana­lisar as tendências de populações de cervos frente a alterações do meio ambiente. A instituição que realizará o estudo é a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvol­vimento Sustentável do Pantanal – Pantanal com Ciência.

Outro projeto do Mato Grosso do Sul também será desenvolvi­do no Mato Grosso: “Rede de pro­teção e conservação da Serra do Amolar: monitoramento ambien­tal como ferramenta para conser­vação”, coordenado pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), irá mo­nitorar a biodiversidade da Serra do Amolar, com o objetivo de identi­ficar processos e ações realizadas pelo homem, que possam afetar a conservação das áreas. A iniciativa contribuirá na conservação da bio­diversidade do Pantanal, aumen­tando a área de proteção efetiva em torno do Parque Nacional do Panta­nal, e fortalecerá as ações nas áreas protegidas da Rede de Proteção e Conservação do Amolar (RPCSA).

Ainda no MS, o projeto “Restau­ração da população de Bicudos no Pantanal: Integrando a boa ciência e a conservação ex situ” busca res­taurar uma população de bicudos (Sporophila maximiliani), espécie de ave da região do Pantanal, em uma área na qual a espécie ocor­ria historicamente mas que atual­mente não é encontrada. A popu­lação desse animal está classificada como criticamente ameaçada e há apenas cerca de 40 indivíduos na natureza. A organização responsá­vel pelo projeto de proteção à espé­cie é o Instituto Respirar.

No Mato Grosso, abrangendo o bioma Pantanal, a iniciativa “Prote­ção jurídica e conservação das Áreas Úmidas de Mato Grosso: aprimora­mento das decisões judiciais pelo uso de técnicas de valoração do dano ambiental” capacitará mem­bros do Ministério Público e reali­zará audiências públicas, com o ob­jetivo de tornar efetiva a aplicação da Valoração do Dano Ambiental (VDA) em três áreas úmidas: o Pan­tanal, o Vale do Araguaia e o Vale do Guaporé. Para isso, os pesquisado­res da Fundação de Apoio e Desen­volvimento da Universidade Fede­ral de Mato Grosso (Uniselva) irão compilar dados desses locais refe­rentes aos danos ambientais em um e-book com linguagem acessível.

O projeto “Genômica da con­servação da ariranha (Pteronura brasiliensis): avaliação da conec­tividade entre populações rema­nescentes nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal com ênfase em ações do Plano de Ação Nacional” engloba os estados do Mato Gros­so, Pará, Tocantins e Goiás. A ini­ciativa tem como objetivo investi­gar as populações de ariranhas no Cerrado – bioma que pode repre­sentar um importante corredor de fluxo gênico entre as principais po­pulações remanescentes da Ama­zônia e Pantanal. Ameaçadas de extinção, as ariranhas são organis­mos semiaquáticos de topo de ca­deia alimentar e muito suscetíveis a impactos ambientais. O Institu­to para a Conservação dos Carní­voros (Pró-Carnívoros) é organiza­ção responsável pelo projeto.

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