Cotidiano

Cheque Reforma para todo o Brasil

Diário da Manhã

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 01:28 | Atualizado há 1 semana

  • Programa terá R$ 500 milhões em recursos do Orçamento para o primeiro ano; presidente agradeceu Marconi por sugerir criação do primeiro programa social federal
  • Depois do Renda Cidadã e da Bolsa Universitária, o Cheque Mais Moradia foi copiado dos governos Marconi Perillo e virou programa federal. Com Marconi à mesa principal, o presidente Michel Temer lançou ontem o Cartão Reforma, que terá R$ 500 milhões em créditos para reformas de unidades habitacionais em todo o País a partir de 2017. Ao participar do lançamento, no Palácio do Planalto, ao lado de Temer e do ministro das Cidades, Bruno Araújo, Marconi afirmou que o Cartão Reforma reduzirá as discrepâncias sociais no País, “sem populismo e sem demagogia”.

    O presidente Michel Temer fez um discurso onde agradeceu o governador Marconi por ter disponibilizado essa ideia para o governo federal e disse que se empenhará para que o exemplo advindo do governo goiano consiga o mesmo sucesso já experimentado em Goiás e em outros estados para onde foi exportado.

    Em 2003, o Renda Cidadã serviu de referência para a criação do Bolsa Família. Em 2008, a Bolsa Universitária foi copiada para a criação do ProUni. Marconi disse ao presidente Temer que não restará dúvida de que este é um programa sério, tecnicamente muito bem elaborado pelo ministro Bruno Araújo e pela equipe do governo federal.

    “É um programa que está muito longe do populismo e da demagogia, mas é um programa que vai atender diretamente as necessidades das pessoas, reduzindo as desigualdades e discrepâncias sociais no País”, declarou. Afirmou que a iniciativa, que foi espelhada no Cheque Moradia, criado em seu primeiro governo, em 1999, foi aprimorada pelo governo federal. “Primeiro, valoriza o comerciante local. As pessoas vão comprar no comércio local. Vão girar a economia, gerar mais empregos. Depois, ele permite que a família escolha onde vai fazer seu investimento”, observou.

    Lembrou que, logo que o presidente Temer assumiu o governo do Brasil e o ministro Bruno Araújo o Ministério das Cidades, tomou a iniciativa de procurá-los para falar do sucesso do Cheque Moradia em Goiás, como ocorreu também com os programas Renda Cidadã e Bolsa Universitária, que também serviram de inspiração para a criação pelo governo federal do Bolsa Família e do ProUni.

    O governo federal destinará R$ 500 milhões para o Cartão Reforma no ano de 2017. Marconi sugeriu a Temer que o valor para 2018 seja multiplicado, pelo menos, por 10. “Eu tenho certeza que o sucesso desse programa será tão grande e os custos serão tão baixos para a repercussão que terá, que Vossa Excelência haverá de multiplicar pelo menos por dez os recursos para o ano de 2018”, disse. Temer respondeu que quer multiplicar por 20.

    Marconi destacou que em Goiás o Cheque Moradia já atendeu a 200 mil famílias. “O prefeito Neto (ACM Neto, de Salvador/BA) disse que vai chegar a 100 mil nesse mandato dele. Com esse auxílio de Vossa Excelência nós faremos as famílias brasileiras mais felizes e faremos com que elas tenham maior qualidade de vida”, ressaltou.

    O presidente Temer disse que o Cartão Reforma prestigia as famílias, as pessoas que fazem o material de construção e também a geração de emprego. “Quando milhões de pessoas vão às lojas de construção, pouco a pouco, aqueles que executam [produzem material] vão contratar funcionários”, declarou. “O Estado tem a responsabilidade de promover a construção de moradias e melhoria das habitações. Estamos atendendo a um pressuposto constitucional, além de proporcionar às famílias uma condição digna de vida”, completou o presidente.

    O ministro Bruno Araújo disse que no Brasil há cerca de 7,5 milhões de moradias em situação precária e que, desse total, mais de 3 milhões são de famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil, grupo que se enquadra no programa.

     

    Marconi vai ao ministro da Fazenda por mais recursos para Goiás

    Acompanhado da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, e da secretária de Educação, Raquel Teixeira, o governador Marconi Perillo reuniu-se na tarde de ontem com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Brasília. Operações de crédito junto a organismos financeiros internacionais, leilão da Celg, divisão das repatriações e dívidas dos estados foram alguns dos assuntos abordados durante o encontro que durou mais de uma hora na sede do Ministério da Fazenda.

    O objetivo do governo é conseguir financiamentos por intermédio dos Bancos Mundial e Interamericano do Desenvolvimento para executar um projeto de redução de gastos, especialmente com pessoal. Como são operações de crédito para assuntos que vão desonerar o peso do estado e vão ajudar no ajuste fiscal, o governador pediu para que haja a possibilidade de o Estado tomar empréstimos para trocar com financiamentos mais antigos e onerosos por outros com juros menores . O ministro ficou de analisar o pleito em fase de formalização na Sefaz.

    Em entrevista coletiva após a audiência, o governador declarou que o objetivo é o de o estado ter recursos novos para fazer planos de demissão voluntária reduzindo os gastos que tem hoje com pessoal. “O maior gasto que os estados têm é com a folha de pagamento. A ideia é pagarmos dívidas velhas trocando por dívidas novas com o objetivo de financiar esses projetos”, explicou.

    Sobre o leilão da Celg, marcado para o dia 30 deste mês na Bolsa de Valores de São Paulo, o governador disse que Henrique Meirelles declarou-se animado com a possibilidade de êxito no leilão. “A Celg D é atrativa, tem ativos bons. É a melhor companhia de energia da região Centro-Oeste. Ela, inclusive, está sendo reconhecida pela Aneel pelo bom atendimento. Ela melhorou muito nos últimos seis anos”, opinou o governador.

     

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