Cotidiano

Chuvas só virão em outubro

Diário da Manhã

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 11:28 | Atualizado há 7 anos

O regime de chuvas em Goiás será ainda mais rigoroso esse ano, prevê o serviço de meteorologia do Instituto de Nacional Meteorologia da 10ª Região (Inmet-10), que responde por Goiás, Tocantins e Distrito Federal. “A previsão é que algumas chuvas só apareçam de fato na segunda quinzena de setembro”, avisa a chefe do Inmet, Elizabete Alves Ferreira.

As imagens de satélite que os especialistas se valem para monitorar o que pode haver de precipitação revelam uma dura previsão: há uma grande massa de ar quente e seco que cobre toda a Região Centro-Oeste, parte do Sudeste, Nordeste e chega até a Amazônia. Aliado a isso a movimentação de nuvens carregadas de umidade se concentram abaixo da Região Sul, parte da Bolívia – que dificilmente mandaria alguma chuva para o centro-norte do Brasil e na parte mais ao norte da Amazônia.

Então, a seca deve perdurar durante a maior parte do mês de setembro e nem mesmo a “chuva das flores”, que normalmente cairia próximo do feriado de 7 de Setembro virá para aplacar o calor abrasador. “A seca e o calor vão continuar”, sentencia Elizabete. Ela olha diariamente os indicadores e conhece bem o que está afirmando, para dar esperança de que a chuva caia mesmo após a segunda quinzena de setembro, próximo do final do mês. “Mesmo assim a chuva que vai cair não dará nem mesmo para apagar a poeira, porque chuva de fato somente em outubro”, explica.

A umidade relativa do ar em Goiânia mudou um pouco em relação à última semana, quando a situação ficou emergencial, abaixo de 12%. Na capital o índice bateu nos 8%, que é um índice menor que o deserto do Saara. Nessa segunda-feira, 4, a temperatura bateu nos 31 graus e a umidade do ar foi de 16% às 15 horas, índice crítico, mas ainda melhor do que outros dias.

A previsão do Inmet 10 é que as chuvas nesse mês de setembro fiquem abaixo dos 45 milímetros, que é a média histórica. “Já sabemos que teremos chuva menor esse mês do que foi em outros anos e somente na segunda quinzena de outubro o regime pluviométrico se estabilize”, explica Elizabete. Goiânia completou ontem 115 dias sem chuva: a última vez que alguma água caiu do céu foi no dia 21 de maio. Desde então as chuvas fugiram por completo.

Queimadas

O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás estabeleceu um serviço especial para combater os focos de incêndio em todo o Estado. A Operação Cerrado Vivo se destina a prevenir e combater as ocorrências de fogo no meio ambiente em todo o Estado. O comandante da operação, tenente-coronel Ami de Souza Conceição percorre toda a extensão do estado fazendo palestras e tentando conter o fogo nas matas e parques de Goiás.

“Chegamos a ter em um só dia 15 focos de incêndio esse ano em Goiás, com o emprego de todas as nossas viaturas. Mesmo assim em 2017 tivemos um número de incêndios menor do que em 2016. No ano anterior foram 5.193 focos de incêndio de janeiro a agosto e esse ano foram 4.482 focos até agosto, quando fechamos a estatística”, explica.

Ontem um incêndio ainda teimava em arder no Parque Altamiro de Moura Pacheco, na Região Norte de Goiânia, com uso de homens com abafadores e outras técnicas para controlar o fogo. Entretanto, os focos desse ano causaram grande destruição nas espécies silvestres e prejuízos financeiros para proprietários e Estado.

“Temos uma preocupação muito firme com a prevenção e por isso precisamos sempre do engajamento da população para não colocar fogo em matas, pastos ou outras formas de vegetação que possa espalhar o incêndio para outros domínios. Fazendas, lotes baldios, margens de rodovias e tantas outras formas de fogo descontrolado produzem grande destruição. Precisamos combater isso”, finaliza.

 

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