Cotidiano

Cinco suspeitos de fraudar programa de moradia popular são ouvidos pelo MPGO

Diário da Manhã

Publicado em 28 de outubro de 2017 às 13:23 | Atualizado há 2 semanas

Foto:Divulgação/MP-GO

Cinco pessoas investigadas por envolvimento em fraudes em um programa de moradia popular para famílias de baixa renda em Goiânia foram ouvidas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) na tarde de sexta-feira, 27. Segundo o órgão, a estimativa é de que o grupo tenha movimentado mais de R$ 1 milhão com o esquema criminoso.

Entre os que prestaram depoimento está a presidente da Sociedade Habitacional Comunitária (SHC), Maria Aparecida da Silveira, que é esposa do ex-vereador Maurício Beraldo (PSDB), apontado como líder da quadrilha e preso na Operação Alicerce deflagrada pelo MP-GO na última quinta-feira, 26.

Segundo informações da TV Anhanguera, além de Maria Aparecida, também prestou depoimento, a irmã dela, Emília Argelina de Jesus, suspeita de ser a tesoureira do esquema.

Os outros envolvidos, são três homens, cujas identidades não foram divulgadas e segundo as investigações, se passavam por corretores de imóveis para aplicar o golpe.

Segundo o MP-GO, o ex-vereador deve ser ouvido na próxima semana. O órgão informou que até 2002, Maurício Beraldo presidiu a SHC e segundo as investigações, a entidade era usada para cometer crimes e, mesmo após ter deixado o cargo, continuou envolvido no esquema.

A defesa de Beraldo diz que as acusações contra o cliente são caluniosas, uma vez que nunca houve venda de casas na SHC. Além disso, os advogados destacam que Maria Aparecida e Emília não têm envolvimento nas fraudes.

“Alicerce”

Durante a operação realizada em parceria com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), foram cumpridos 17 mandados judiciais, sendo oito de prisão temporária e nove de busca e apreensão. Na ocasião, os presos foram levados à Casa de Prisão Provisória (CPP) onde aguardam para serem ouvidos.

Além disso, a ação cumpriu quatro mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a depor. Após prestarem depoimento, elas foram liberadas.

Golpe

Um levantamento do MP-GO apontou que entre os anos de 2012 e 2016, o grupo movimentou R$ 1,2 milhão nas contas da SHC, classificada sem fins lucrativos. Neste período, também ocorreram saques de até R$ 50 mil destinados ao ex-vereador.

Conforme as investigações, a sociedade cobrava R$ 15 mil de famílias de baixa renda para construir o alicerce das casas populares. Os envolvidos alegravam às vítimas, que desta forma, seria mais fácil conseguir cheques-moradia junto à Agência Goiana de Habitação (Agehab), com quem a entidade matinha convênio. Porém, nenhum alicerce foi erguido durante o período investigado.

A estimativa é que mais de 2 mil famílias podem ter sido vítimas do golpe. Deste total, apenas 500 casas foram entregues.

Através de nota, a Agehab informou que não é alvo das investigações e que colabora com o MP-GO apresentando todas as informações solicitadas. Além disso, destaca que “prima pela transparência e tem auxiliado todos os órgãos de controla na apuração de qualquer suspeita de irregularidade”. No texto, a agência ainda explica que não havia motivo para qualquer tipo de cobrança por parta da SHC.

Com informações do G1/Goiás.

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