Comandante da PM será julgado por homicídio em junho
Redação
Publicado em 10 de março de 2016 às 01:30 | Atualizado há 9 anosO tenente-coronel Ricardo Rocha Batista, escolhido pelo secretário de Segurança Pública José Eliton para comandar a Polícia Militar nas ruas de Goiânia, será julgado por um tribunal do júri em junho.
Ele é suspeito de ter assassinado Alessandro Ferreira Rodrigues (Nego Léo).
Seu julgamento está marcado para ocorrer no próximo dia 23 de junho, em Rio Verde.
Quando atuava como comandante da PM da cidade de Rio Verde, ele teria atirado em Alessandro, após realizar uma emboscada.
O policial escolhido pela Secretaria de Segurança Pública é suspeito de vários outros homicídios e um sequestro cometidos supostamente em Cachoeira Alta, Aparecida de Goiânia, Formosa, Rio Verde, Goiânia e Alvorada do Norte.
Responsável pelo Policiamento da Capital da PM-GO, Ricardo Rocha é considerado um bom policial pela corporação, por ser firme e determinado.
A Secretaria de Segurança Pública informa que sabe de todas as acusações formais realizadas contra o policial e que ele será alvo de julgamentos por homicídios nos próximos meses, mas preza pelo princípio da legalidade e confiança no policial.
A defesa do militar diz que ele jamais cometeu um homicídio na vida e vai defender a inocência do réu frente aos jurados em todos os tribunais que o militar for chamado.
‘JUSTICEIRO’
Mário Henrique Cardoso Caixeta, promotor de justiça que realizou a denúncia, diz que o tenente-coronel atua como se fosse justiceiro.
Sob a suspeita de que a Justiça de Goiás não realiza julgamento imparcial, dois casos onde Ricardo Rocha é réu já foram federalizados.
E caberá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) realizar o julgamento, sob a suspeita de que em Goiás existiria ambiente de proteção ao tenente-coronel.
Tanto Ministério Público Federal de Goiás quanto o Ministério Público do Estado de Goiás pedem o afastamento urgente do militar das funções de comando da Capital. Os integrantes do Ministério Público não descartam que possa ocorrer novo pedido de federalização dos crimes.
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