Como vive o goiano
Diário da Manhã
Publicado em 28 de abril de 2018 às 01:21 | Atualizado há 7 anos
A pesquisa Módulo Temático Pnad–Contínua: Características dos Domicílios e Moradores, elaborada pelo IBGE e agora anunciada, traz dados sobre domicílios (cobertura e material das paredes, se próprio ou alugado, principais bens duráveis existentes, presença de banheiro, ligação com rede geral de abastecimento de água, esgoto e energia elétrica e destinação do lixo) para 2016 e 2017, e seus moradores (distribuição geográfica da população, sexo e idade e cor ou raça), de 2012 a 2017.
No Estado de Goiás em 2017, foi estimada a existência de 2,3 milhões de domicílios, dos quais 513 mil situados em Goiânia, ou seja, 22,1% dos domicílios do estado concentravam-se na capital. No mesmo ano, no Brasil a estimativa era de 69,8 milhões de domicílios. Comparando com o ano de 2016, no Brasil tivemos um aumento de 0,8% de unidades domiciliares, enquanto em Goiás esse aumento foi de 2,6%. Quando pesquisada a condição de ocupação, o morador informava se o imóvel era próprio, alugado ou cedido.
Material predominante nas paredes, piso e telhado a Pnad Contínua investigou as seguintes características do domicílio: material usado nas paredes externas, material predominante na cobertura e material predominante no piso. Em 2017, 94,5% dos domicílios goianos, as paredes externas eram de alvenaria/taipa com revestimento, quando esse percentual para o Brasil era de 88,5%. Em Goiânia predominam também domicílios com as paredes externas de alvenaria/taipa com revestimento, representando 96,2%
No Estado goiano, mais de três quartos de todos os domicílios, 80,1%, apresentavam piso de cerâmica, lajota ou pedra, quando no Brasil esse percentual era 76,9%. Piso de cerâmica, lajota ou pedra predominou nos domicílios também em Goiânia, em 91,6%. Em Goiás, mais da metade dos domicílios, 69,5%, possuíam telha sem laje de concreto como material predominante na cobertura, enquanto no Brasil esse percentual era de 51,2%. Já em Goiânia, a predominância é de telha com laje de concreto (42,8%), e telha sem laje de concreto estava presente em 40,1% dos domicílios.
SERVIÇOS BÁSICOS
A pesquisa levantou também informações sobre os serviços essenciais de saneamento básico que são de extrema importância para a melhoria das condições de vida e saúde da população, tais como: abastecimento de água, presença de banheiro no domicílio e esgotamento sanitário, destino do lixo e energia elétrica.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Em Goiás, 99,7% dos domicílios possuíam água canalizada, enquanto no Brasil esse percentual era de 97,2%. Em 86,2% dos domicílios goianos com água canalizada, a principal fonte de abastecimento de água era a rede geral de distribuição, enquanto no Brasil esse percentual era de 85,7%. Desse contingente, em 94,2%, a disponibilidade da rede geral era diária em Goiás e 86,7% no Brasil. A frequência era de 4 a 6 vezes na semana no território goiano em 2,8% dos domicílios; e de 1 a 3 vezes na semana em 2,5% dos domicílios goianos. Em Goiás, em 7,2% dos domicílios, a principal fonte de abastecimento de água era poço profundo ou artesiano; em 4,4%, era poço raso, freático ou cacimba; e fonte ou nascente eram a principal fonte em 2,1%.
PRESENÇA DE BANHEIRO E SANITÁRIO NO DOMICÍLIO
Estimou-se em Goiás que 99,7% dos domicílios possuíam banheiro de uso exclusivo. No Brasil esse percentual foi de 97,7%. Em 1,2 milhão de domicílios goianos, o escoamento do esgoto era feito através da rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede, representando 53,1% do total de domicílios. No Brasil esse percentual era de 66,0%. Já o esgotamento sanitário era por meio de fossa não ligada à rede em 46,5% dos domicílios em Goiás e no Brasil em 30,3%.
DESTINO DO LIXO
Em 2017, o percentual de domicílios cujo lixo era coletado diretamente por serviço de limpeza foi de 84,4% em Goiás e 82,9% no Brasil. O lixo era coletado em caçamba de serviço de limpeza em 5,8% dos domicílios goianos e em 7,9% no território brasileiro. Em 5,8% dos domicílios goianos o lixo era queimado na propriedade, enquanto esse percentual era de 7,9% no Brasil.
ENERGIA ELÉTRICA
Estimou-se que 99,7% dos domicílios em Goiás possuíam energia elétrica e 99,8% no Brasil, seja através da rede geral ou fonte alternativa. No Estado goiano 99,4% dos domicílios recebiam energia elétrica proveniente da rede geral, com 97,0% destes com disponibilidade em tempo integral.
POSSE DE BENS E SERVIÇOS
A Pnad-Contínua também investigou a existência de alguns bens (telefone móvel celular ou fixo convencional, geladeira, máquina de lavar roupa, televisão, máquina de lavar, microcomputador, carro) e serviços (TV por assinatura, acesso à Internet nos domicílios). Em 2017, verificou-se que em 96,5% dos domicílios goianos, pelo menos um morador possuía telefone móvel celular, enquanto que telefone fixo convencional era encontrado em apenas 27,2% dos domicílios goianos. No Brasil, o percentual de domicílios que possuía telefone móvel celular era de 92,7% em 2017 e que possuía telefone fixo convencional era de 32,1%.
Goiânia está entre as três capitais com maior percentual de domicílios em que pelo menos um morador possuía telefone móvel celular, com 98,2%, ficando atrás apenas de Palmas (99,0%) e Vitória (98,4%). A posse de máquina de lavar roupa foi registrada em 69,6% dos domicílios goianos e 63,8% dos domicílios brasileiros. Em 2017, 96,6% dos domicílios em Goiás e 96,8% dos domicílios no Brasil possuíam televisão. A presença de microcomputador (inclusive portáteis) em Goiás estava em 44,4% dos domicílios, enquanto no Brasil foi registrado em 44,0% dos domicílios. Em Goiás, o percentual de domicílios que possuíam carro foi de 57,8%, motocicleta, 29,7%, enquanto 17,0% dos domicílios possuíam ambos. No Brasil, 47,6% possuíam carro, 22,4%, motocicleta e 10,8%, ambos.
O acesso à Internet no domicílio por parte de algum morador chegou a um percentual de 74,1% em Goiás, 70,5% no Brasil. Foi pesquisado o acesso através de alguns equipamentos, apresentando os percentuais de Goiás e Goiânia, respectivamente: 73,5% e 87,6% para telefone celular; 35,1% e 53,6% para microcomputador; 8,4% e 15,8% para tablet; 10,0% e 17,8% para TV; e 0,7% e 2,1% para outro equipamento. No gráfico, podemos comparar o uso de diferentes meios para acesso à internet em 2016 e 2017. E na tabela abaixo acompanhar o aumento do acesso à internet entre 2016 e 2017.
DISTRIBUIÇÃO
Em 2017, a população residente em Goiás foi estimada em 6.779 mil pessoas, 6,9% maior que em 2012, quando a população foi estimada em 6.342 mil pessoas, variação superior a nacional que registrou um aumento da população residente de 4,2% entre 2012 a 2017. Goiânia, por sua vez, teve a população residente estimada em 1.466 mil pessoas em 2017, sendo 6,7% maior do que 2012 (1.374 mil pessoas).
Pesquisa por sexo e grupos de idade
Em Goiás os homens representavam 48,8% da população residente e as mulheres correspondiam a 51,2%, não sendo verificada alteração relevante nessas participações entre 2012 e 2017. A estrutura etária, representada a seguir, mostra a evolução do número de pessoas residentes em relação ao total da população de Goiás, por sexo e grupos de idade, de 2012 a 2017.
Foram mantidos o alargamento do topo e o estreitamento da base desta estrutura, evidenciando a tendência de envelhecimento populacional. Entre os homens, houve aumento em quase todas as faixas a partir da faixa de 35 a 39 anos e redução dos percentuais em quase todas as faixas etárias até 34 anos. Já entre as mulheres, observou-se redução dos percentuais até a faixa de 30 a 34 anos de idade, e aumento nas seguintes.
A população goiana masculina apresentou padrão mais jovem que a feminina: na faixa etária até 24 anos, os homens totalizavam, em 2017, 19,0% (20,4% em 2012), enquanto as mulheres, 18,0% (20,4% em 2012). Por outro lado, os homens de 60 anos ou mais de idade correspondiam a 6,2%, da população goiana em 2017 (4,9% em 2012) e as mulheres desta faixa etária, 7,1% (5,3% em 2012). A faixa etária até 34 anos, de 2012 (58,5%) até 2017 (52,2%), correspondia a mais da metade da população, tanto a população masculina quanto feminina.
Em 2012, o grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade (homens e mulheres) representava em Goiás 10,2% da população residente, porém, em 2017, esse percentual cresceu para 13,2%. O contingente de pessoas nessa faixa etária cresceu em 38,3%. No entanto, a parcela de crianças de 0 a 9 anos de idade na população residente passou de 14,7% para 13,1% no período. Houve uma redução de 5,1% do contingente de pessoas nessa faixa etária. Para Goiânia em 2012, o grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade representava 10,9% da população residente, porém, em 2017, esse percentual cresceu para 13,6%.
O contingente de pessoas nessa faixa etária cresceu em 28,1%. Já a parcela de crianças goianienses de 0 a 9 anos de idade na população residente passou de 11,9% para 12,3% no período. Houve um crescimento de 13,4% do contingente de pessoas nessa faixa etária indo de encontro com a tendência nacional e estadual.
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