Crimes por arma de fogo em Goiás caem 5,3%
Redação
Publicado em 26 de agosto de 2016 às 01:59 | Atualizado há 8 anosNa comparação entre 2013 e 2014, taxa no Estado é a segunda melhor entre as 27 unidades da Federação, sendo superada apenas por Roraima
Na comparação entre 2014 e 2013, Goiás obteve uma redução de (-5,3%) nos homicídios, revela quinta edição do Mapa da Violência – versão 2016, publicado pela Flacso Brasil. A taxa é a segunda melhor entre as unidades da Federação, sendo superada apenas por Roraima. A redução da taxa goiana influenciou para que o Centro-Oeste apresentasse a segunda melhor média entre as regiões brasileiras. Com variação positiva de 1,9%, foi superada apenas pela região Sudeste, que variou 0,2%. A região Nordeste teve crescimento de 6,6%, a região Norte atingiu 7,7%, enquanto no Sul os homicídios evoluíram 10,2%. A média brasileira ficou em 4,8%. De acordo com a publicação, as taxas de homicídios apresentadas resultam de um conjunto de realidades locais e regionais fortemente diferenciadas.
O Mapa da Violência traz a evolução dos homicídios por armas de fogo no Brasil, no período de 1980 a 2014. Nele, são apontadas as características da evolução dessa modalidade de crime nas 27 Unidades da Federação, nas 27 capitais e também nos municípios com elevados níveis de mortalidade causada por armas de fogo.
Ainda na base de comparação entre os anos de 2014 e 2013, quando analisadas no grupo por 100 mil habitantes, Goiás mantém queda de (-3,9%), atrás apenas do resultado de Roraima. Com isso, a região Centro–Oeste se mantém com o segundo melhor resultado entre as regiões. A média nacional é de 5,8%.
No período compreendido entre 2004 e 2014, Goiás, com taxa de 70,6%, ficou em 12º lugar no ranking nacional, à frente do Rio Grande do Norte (379,8%), Maranhão (300,2%), Ceará (268,2%), Piauí (215,2%), Amazonas (175,9%), Bahia (161,7%), Sergipe (160,5%), Paraíba (139,4%), Alagoas (119,3%), Pará (96,9%) e Acre (83%).
Municípios
Goiás não tem nenhum município, com população acima de 10 mil habitantes, entre os 50 considerados mais violentos e com as maiores taxas médias do Brasil, no período de 2012-2014. A capital, Goiânia, aparece apenas em 140º lugar do ranking nacional. As cidades do Entorno do Distrito Federal aparecem com os maiores índices estaduais: Planaltina (57º), Alexânia (80º), Luziânia (85º), Valparaíso de Goiás (97º) e Santo Antônio do Descoberto (122º).
De acordo com projeções da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), as integrações com os Estados vizinhos, os fortes investimentos realizados nas forças de segurança, como renovação de frota de veículos, aquisição de armamentos e equipamentos, investimentos em infraestrutura e realização de concursos públicos já em andamento para reforçar o efetivo em todas as regiões do Estado, serão imprescindíveis para que o Estado saia definitivamente do ranking de violência.
2.198 operações em 2016
A Polícia Civil projeta aprimoramento da estrutura com troca e aumento da frota de veículos, mais delegacias reformadas, solução para automóveis apreendidos pelas forças policias e Superintendência de Polícia Judiciária fortalecida. Estes foram alguns dos temas tratados em reunião na manhã de ontem (25), oportunidade em que o delegado-geral, Álvaro Cássio, apresentou balanço dos primeiros seis meses à frente da gestão.
A Polícia Civil realizou até julho 2.198 operações, média de 314 por mês. No total, 676 foram presos em flagrante, além de realizar a apreensão de 151 armas. Também foram cumpridos 1.730 mandados de prisão e 530 mandados de busca e apreensão.
Outro ponto de destaque na PC foram as operações da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), com a apreensão recorde de 5,8 toneladas de maconha, 158 quilos de cocaína, 1,5 quilos de crack, 798 quilos de insumos, 110 comprimidos de ecstasy, 41 frascos de cetamin e 130 porções de key.
A reunião contou com as presenças do delegado-geral adjunto, Marcelo Aires Medeiros, e do superintendente Polícia Judicária, Ricardo Torres Chueire. Em consonância com o vice-governador e titular da SSPAP, José Eliton, ele apontou estratégias para a PC ao longo do segundo semestre deste ano.
Álvaro Cássio destacou orientação do secretário José Eliton no sentido de avançar na integração das forças policiais durante o desenvolvimento de operações e ressaltou que “esta medida é importante para atingir a paz social”.
Entre as ações da PC, o delegado-geral destacou o Programa Dinheiro Direto nos Quartéis e Delegacias (PDDQD), com as novas dependências do 21º Distrito Policial, na Vila Finsocial, na Região Noroeste de Goiânia. O prédio, que recebeu uma reforma geral e novos equipamentos, é a 19ª unidade reformada em todo o Estado.
Os inquéritos policiais concluídos com a identificação de autoria e, dessa forma, remetidos ao Poder Judiciário foram de 19.192. Eles foram divididos em violência doméstica e familiar contra a mulher (2.535), tráfico de drogas (1.449), furto (1.384), roubo (1.299), homicídio doloso (796) e estupro (153).
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