Dois presos são mortos e 11 fogem em Rio Verde
Diário da Manhã
Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 00:31 | Atualizado há 7 anos13 presos fugiram da Penitenciária de Rio Verde, no Sudoeste goiano, na tarde de ontem, após conseguirem serrar as grades da cela e do alambrado externo. Dois deles, Germano da Silva Oliveira e Vitor Bernardo Cabral, foram mortos pela Polícia Militar “durante troca de tiros” após a fuga. Até o fechamento desta matéria não havia informações sobre apreensão ou porte de armas entre os presos, de acordo com a assessoria da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). Um dos detentos, Maycon Robert Rodrigues Alves, foi recapturado, de acordo com a DGAP. Os outros 10 permanecem foragidos.
Este é o quarto caso de fuga coletiva este ano em Goiás. O primeiro aconteceu no dia 1º de janeiro, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde 243 presos fugiram e nove foram mortos durante rebelião. Na ocasião, cinco funcionários faziam a vigilância de 1.256 reeducandos. A Colônia Agroindustrial, unidade onde ocorreu a rebelião, tem capacidade para 400 presos.
No dia 6 de janeiro, em Luziânia, na região do Entorno do Distrito Federal, 11 detentos fugiram após forçarem a grade da cela. A ação foi filmada por outro preso. Cinco funcionários faziam a vigilância de 466 detentos no presídio que tem capacidade para 133 presos. Já no dia 9 de janeiro, 14 menores fugiram do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), no Conjunto Vera Cruz I, na Região Oeste de Goiânia. Eles teriam feito os funcionários de refém utilizando barras de ferro e fugiram com o auxílio de uma corda feita com panos. No momento da fuga, 174 menores estavam reclusos no local, que tem capacidade para 160 jovens.
SUPERLOTAÇÃO
Goiás tem, ao todo, 156 estabelecimentos prisionais, que somam um total de 9.576 vagas, mas abriga 19.955 presos. O excedente é de 9.409 vagas, segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o que representa quase o dobro em déficit de vagas: 98%. No ano de 2015, o déficit era de 7.996 vagas, A maior parte dos detentos está em regime fechado, 7.641, ou em prisão domiciliar, 6.727. Além disso, 44% dos presos em Goiás estão aguardando julgamento, são 8.952 reeducandos provisórios.
O Governo de Goiás disse que vai acelerar a conclusão das cinco unidades prisionais que estão em andamento há cinco anos em Anápolis, Formosa, Águas Lindas, Planaltina e Novo Gama. As novas Unidades vão disponibilizar 1.588 novas vagas, que representa apenas 16% do total de déficit de vagas no sistema penitenciário goiano. O juiz federal Leão Aparecido Alves, em nome da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no dia 5 de janeiro, determinou que o Governo reduza para 400 o limite máximo de detentos na Colônia Agroindustrial, palco de duas rebeliões na primeira semana do mês. A ação também ordena que os presos considerados mais perigosos sejam transferidos para o sistema penitenciário federal.
RELAÇÃO DE FORAGIDOS:
Johny Souza Cabral
Muriel Batista da Silva
Fernando Silva Santos
Thiago Tristão de Moura
Divino Eterno Vieira da Silva
Jhonathan Oliveira Rocha
Felippe Augusto Tosta Pereira
João Pedro Borges da Costa
Idulson Alves Pereira
Leosvaldo Pereira Silvério
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