Eles podem reclamar que ganham pouco?
Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 21:53 | Atualizado há 2 diasAs polícias de Goiás estão entre as mais remuneradas do País, mostram relatórios sobre remuneração das corporações de todas as unidades da federação a que o DM teve acesso. O ranking mostra que, apesar de ter o 9º Produto Interno Bruto do País, Goiás ocupa as primeiras posições no ranking de remuneração de suas polícias, ocupando, no máximo, a sétima posição.
Os valores iniciais e finais dos salários são os mesmos para as Polícias Civil e Militar. Um policial recém-ingresso em qualquer das duas corporações terá salário de R$ 4.068,89 – ou R$ 52.895,57 por ano. Já aquele no auge da carreira – delegado na Polícia Civil, coronel na Polícia Militar – receberá R$ 21.785,74 – ou R$ 238.214,62 anuais.
Os dados de Goiás foram atualizados até o mês de janeiro do corrente ano, inclusive com o acréscimo de 10% cedido aos Delegados de Polícia Civil. Com relação à Polícia Militar, não inclui os valores que serão percebidos em virtude da recente aprovação da Lei 17881/12 que institui o Programa Goiás Cidadão Seguro.
O valor inicial da remuneração dos Delegados de Polícia de Goiás conferem ao Estado a 7ª posição, com salário de R$ 10.126,11. Com relação ao valor percebido no topo da carreira, o Estado passa a figurar na 10ª posição, mas com o pagamento de bônus, o Estado chegar a 4º lugar, com salário de R$ 19.268,55.
No comparativo de subsídios de Escrivães, o Estado de Goiás desce da 7ª posição em relação aos valores iniciais de remuneração da carreira para a 9ª posição relativa à remuneração no topo da carreira. No comparativo de subsídios de Agentes, o Estado de Goiás desce da 4ª posição em relação aos valores iniciais de remuneração da carreira para a 7ª posição relativa à remuneração no topo da carreira.
Em várias funções, Goiás é 1º colocado
Na Polícia Militar, em várias carreiras o Estado ocupa a primeira posição em várias patentes. É o caso dos coroneis, dos tenentes-coroneis, dos majores e dos capitães. O Estado ocupa a segunda posição nas carreiras de tenente e soldado.
De acordo com as tabelas apresentadas, o subsídio dos Policiais Civis permanece, em média, na 7ª posição nos rankings considerados. Com relação aos Delegados de Polícia especificamente, com a percepção dos Bônus por Produtividade, a média nos rankings seria da 6ª posição. Importante ressaltar que considerando os subsídios máximos da categoria e a percepção de 20% do Bônus por Produtividade, a melhor situação alcançada seria a 4ª posição entre os Estados que divulgaram seus valores.
Com relação à Polícia Militar De acordo com as tabelas apresentadas, o subsídio dos Policiais Militares alcança a 1ª posição nos quatro principais postos, mantendo-se em segundo em apenas dois deles, quais sejam, tenente e soldado, em que mantém a 2ª posição. De acordo com as tabelas apresentadas, o subsídio dos Policiais Militares alcança, em média, a 3ª posição.
O governador Marconi Perillo afirmou, em entrevistas que os reajustes financeiros dos servidores públicos estaduais não serão suprimidos, e sim adiados temporariamente em virtude do cenário de crise econômica por que passa o país. De acordo com Marconi, a decisão foi tomada tendo em vista a necessidade de o Governo de Goiás de manter o equilíbrio das contas públicas e cumprir todos os limites fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Data-base paga rigorosamente em dia
“Durante os últimos quatro anos e até hoje nós pagamos as datas-bases todas. Paguei o piso dos professores. Para se ter uma ideia, nós pagamos 89% de aumento, nos últimos cinco anos, aos professores. Isso dá um aumento real de quase 50%. O que aconteceu agora? Muitos não entenderam ou não souberam a informação adequada. Esses aumentos estão vinculados, por lei, ao crescimento real da receita. Nós vamos ter em Goiás, este ano, um decréscimo da receita da ordem de 1,5% a 2%. Ou seja, receita negativa”, disse Marconi em entrevista.
O governador explicou que o Governo Estadual adotou diversas medidas com o intuito de manter o equilíbrio das contas públicas estaduais como, por exemplo, a redução do número de órgãos/entidades, extinção/redução de cargos comissionados e de contratos temporários, suspensão de novos concursos públicos, dentre outras. No entanto, as ações não foram suficientes para garantir o pagamento dos reajustes previstos aos servidores, já que o país enfrenta grave crise econômica, que vem comprometendo a arrecadação estadual.
Planos de Carreiras valorizam servidores de todas as áreas
“Instituí Planos de Carreiras em várias áreas. Sou um governador que dialogou com os servidores, um governador que antecipou o pagamento no mês vincendo, durante todo tempo. Só agora, por conta da crise econômica terrível que estamos vivendo, uma crise nacional, que pegou em cheio todos os governos e todo o país, que nós passamos a pagar adiantado uma parte dos funcionários, dentro da lei e um pouco depois, como estabelece a lei, os demais. Afora isso, sempre pagamos em dia”, pontuou.
Na entrevista, o governador disse que a despesa total com pessoal do Poder Executivo Estadual alcançou valores próximos ao limite máximo previsto na LRF, de acordo com o Relatório de Gestão Fiscal referente ao segundo quadrimestre de 2015. Ele explicou também que grande parte das leis estaduais que tratam de concessão de aumento aos servidores públicos está condicionada à ocorrência de crescimento real da receita corrente líquida do Estado nos 12 meses anteriores ao da correspondente vigência, incremento não registrado nos últimos meses deste ano em Goiás.
“Se os funcionários públicos de Goiás, de forma sensata, fizerem uma avaliação sobre o que eu fiz por eles, ao longo da história, ao que outros fizeram, não dá nem para comparar. Eu fui o governador que comecei a pagar o 13º no mês do aniversário, desde 1999. Eu fui o governador que mais deu aumentos aos funcionários, em todas as categorias”, ressaltou o governador à TV Anhanguera.
Lei aprovada pela Assembleia condiciona aumento de salário a crescimento da receita
Segundo relatórios da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), o crescimento da receita corrente líquida em Goiás neste ano ficou abaixo da inflação, como aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a agosto, a frustração de receitas em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA) foi da ordem de R$ 3 bilhões, o que gerou a necessidade de se administrar um fluxo de caixa deficitário ao longo de todo o ano.
De acordo com os dados mais atualizados, no comparativo entre o que foi arrecadado com o que era previsto, é possível notar que há crescimento real da receita, mesmo depois de descontada a inflação. Os resultados são fruto dos esforços de arrecadação, uma vez que Goiás é um dos poucos estados brasileiros que apresentam apenas queda nominal receita, sem levar em consideração a inflação.
O balanço é positivo. No entanto, apesar de o Governo apresentar aumento de receita com relação ao ano passado, quando se desconta a inflação, percebe-se queda acentuada. Entre os meses de janeiro a outubro deste ano, a arrecadação foi de R$ 15,5 bilhões. No mesmo período de 2014, o montante se limitou a R$ 14,5 bilhões. A diferença de R$ 971 milhões representa variação nominal de 6,6% e variação real de menos 3,33%.
Portanto, considerando os limites estabelecidos pela LRF e pelo não incremento da receita corrente líquida estadual, assim como tendo em vista o cenário econômico nacional que vem impactando as finanças públicas no país, o Governo de Goiás se encontra impossibilitado por razões legais de implementar neste ano os aumentos previstos aos servidores públicos estaduais.
Povo fala
População critica paralisação das polícias.
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