Em meio ao medo da febre amarela, macaco é encontrado morto
Diário da Manhã
Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 00:19 | Atualizado há 7 anosUm macaco foi encontrado morto ontem (23), em uma chácara do Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. O dono da fazenda em que o macaco foi encontrado acionou a Secretaria Municipal de Saúde. Servidores se deslocaram para a chácara e recolheram o animal. Em entrevista a um portal de notícias, a secretária de Saúde, Wisliane Maximiano do Nascimento, explicou que o animal será encaminhado a um laboratório do Distrito Federal para exames.
Este é o primeiro macaco encontrado morto em Novo Gama neste ano. Ainda não houve registro de casos de febre amarela na cidade nem no estado em 2018. A secretária de Saúde, Wisliane Maximiano do Nascimento, explicou que o animal será encaminhado a um laboratório do Distrito Federal para exames.
“Lá serão realizados os exames necessários para identificar a causa da morte”, ressaltou Wisliane. Wisliane explicou ainda que, em 2017, o proprietário da fazenda solicitou à SMS que vacinasse todos os funcionários contra febre amarela, o que ocorreu. Após a morte do macaco, a equipe vai novamente à chácara para checar se há algum empregado que não foi imunizado e isolar a área onde o macaco foi encontrado.
O surto de febre amarela no país levou moradores de muitas regiões atingidas a matarem macacos por medo da doença. Mas é importante ressaltar que os macacos não transmitem a doença diretamente para humanos e que eles são importantes para sinalizar a presença do vírus transmitido por mosquitos. Por isso, esses primatas devem ser protegidos em seu ambiente natural.
A febre amarela se parece com uma virose simples. Pode apresentar febre, mal-estar, enjoos, vômitos e dores musculares. Na mais grave, icterícia (coloração amarelada de pele e olhos), urina escura, falência renal, falência do fígado e de outros órgãos e até morte.
Minas Gerais registra 25 mortes por febre amarela
Ao menos 25 pessoas morreram vítima da febre amarela em Minas Gerais entre julho de 2017 e ontem (23), segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Foram confirmados dez novos casos desde o último boletim epidemiológico, divulgado no dia 17 de fevereiro. Ao todo, foram confirmados 47 casos de febre amarela no Estado —a maioria deles (44) em pessoas do sexo masculino com idade média de 46 anos (15 – 88 anos). Até o momento, não há relato de vacinação entre as vítimas. Há ainda 99 casos em investigação.
A letalidade da doença, segundo a secretaria, é de aproximadamente 53,2%. No período de monitoramento 2016/2017 (julho/2016 a junho/2017) foram registrados 475 casos confirmados de febre amarela no Estado, com 162 mortos.
OUTROS NÚMEROS
No Rio de Janeiro o número de mortes por febre amarela subiu para sete. Os dois casos mais recentes ocorreram em Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde na segunda-feira (22).
Ao todo, já ocorreram 15 infecções no Estado. O maior número de ocorrências foi em Valença, município do sul fluminense, que registrou nove infectados e três mortes. Em Teresópolis, ocorreram três casos, com duas mortes. Nova Friburgo teve um caso, e a vítima morreu. Os outros dois casos ocorreram em Petrópolis, também na Região Serrana, e em Miguel Pereira, na região centro-sul. Já em São Paulo, desde janeiro do ano passado, foram registradas 36 mortes por febre amarela, segundo o balanço da Secretaria Estadual de Saúde divulgado na sexta-feira (19). Outras três pessoas morreram no Estado após tomarem a vacina.
Ao todo, foram confirmados 81 casos da doença. Cerca de 50% das infecções foram contraídas em Mairiporã, 11,1% em Atibaia e 6% em Amparo. Essas três cidades respondem por dois terços dos casos de febre amarela silvestre no Estado. Não há casos confirmados na capital paulista.
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