Cotidiano

Emagrecimento consciente

Diário da Manhã

Publicado em 19 de março de 2017 às 02:45 | Atualizado há 8 anos

A nutricionista Gladia Bernardi defende que qualquer pessoa pode emagrecer se estiver em harmonia com a sua mente. Desenvolvedora do método de coaching de emagrecimento consciente, baseado na neurociência, na programação neurolinguística e em coaching, ela assegura ser possível emagrecer por meio de técnicas e ferramentas avançadas, que dispensam dietas restritivas, prescrição de medicamentos ou mesmo intervenções cirúrgicas.

Tratado como um tema secundário, a obesidade hoje é vista com preocupação por especialistas. Relatório recente sobre segurança alimentar  na América Latina, realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), apontam que o sobrepeso entre adultos brasileiros passou de 51,1% em 2010 para 54,1% em 2014.

Este crescimento também tem afetado, nas últimas décadas, as crianças menores de cinco anos, estima-se que 7,3% dessa faixa etária estão acima do peso. A nutricionista Gladia Bernardi ressalta que o sedentarismo e consumo de alimentos industrializados estão entre os principais vilões para ganho de peso.

Contudo, ela revela que as pessoas também deixam de emagrecer por conta de fatores ligados à mente. “Existe a necessidade de compensar algo perdido na vida deste indivíduo, o que o faz buscar na comida o preenchimento desta lacuna, tratada como objeto de vício”, explica.

Ela acrescenta ainda que muitas pessoas preferem culpar fatores externos pelo fracasso do próprio emagrecimento. Mas, ela adverte que pessoas que se autossabotam não conseguem perder peso. “Com base em estudos e pesquisas descobrimos que existem 21 sabotadores que contribuem Para que a pessoa não perca peso e continue a engordar”, afirma.

A nutricionista Gladia Bernardi listou os principais sabotadores e como vencê-los:

Frustração pessoal

Você já deve ter assistido algum filme em que a mocinha se esbalda na frente da televisão com chocolates e pipoca por conta de ter levado um fora no relacionamento. Ela busca suprir a ausência do seu amor por conta de uma desilusão. Este sabotador não é apenas na parte amorosa. Pode estar associado também em perdas sexuais, profissionais etc. “Para vencer este sabotador pessoa deve fazer um planejamento de vida, reorganizar suas metas de vida e melhorar a autoconfiança”.

Afeto familiar

Domingo em família, mesa farta e o prato principal é a comida feita pela avó ou mãe. A pessoa se esbalda naquele prato que remete à infância e boas lembranças. Além disso é incentivada a comer mais pela família. Para a coach, o grande desafio é negar o afeto da mãe, avó ou sogra, quebrando uma tradição e sabotando seu programa de emagrecimento.

Apego a autoimagem

É comum que quando uma pessoa começa a emagrecer, passe a estranhar a aparência, não reconhecendo a si mesma. De acordo com Gladia, por mais que ela tente emagrecer, sempre vai sentir falta da aparência anterior . “É necessário fazer uma conexão neural, estimulando a pessoa que se veja de outra forma. É possível definir o padrão ideal que seria o peso almejado. Pode ser uma foto antiga quando ela era mais magra ou até mesmo algum modelo de revista. Isso irá mudar o padrão de imagem de que existe no subconsciente”.

Se achar forte e não gordo

Este sabotador acaba agindo mais nos homens do que as mulheres, mas não é uma regra. A pessoa se acha forte, mas confundindo gordura como musculatura. “Ela vê a magreza como sinônimo de fraqueza. Trata-se de uma crença limitante que é possível ser desfeita”.

Ostentação da comida

Algumas pessoas criam a falsa ideia de que a gordura é sinal de abundância, principalmente aquelas que passaram por falta de comida na mesa quando criança, assim como aquelas que ostentam por considerar que a comida seja um prazer na vida. “As pessoas devem deixar de hierarquizar os valores de comer em primeiro lugar, pois existem prioridades na vida com mais valores, como atenção à família, realização profissional etc”.

Resistência à atividade física

Este sabotador é um dos mais comuns. Além de sabotar o processo de emagrecimento, também estimula ao sedentarismo. “Muitos associam a prática de exercícios físicos como um sofrimento e não como um caminho para a saúde e bem estar, chegando até dizer que existe futilidade em ter um corpo perfeito, sendo que o principal objetivo está associado à saúde e qualidade de vida”.

A opinião negativa dos outros

Pessoas gordinhas são consideradas engraçadas, seja pela sua aparência física quanto suas trapalhadas. Quando emagrecem, é muito comum que pessoas comentem negativamente de que “antes era mais interessante” ou que “está com cara de doente”. Segundo Gladia, quando este sabotador age na mente, a pessoa deixa de escutar o que ela quer e sim o que os outros querem, correndo risco de reduzir o processo de emagrecimento ou até mesmo engordar um pouco. “É necessário que a pessoa trabalhe bastante o fato de suportar a estranheza dos outros às mudanças”.

Dinheiro

É um dos principais auto sabotadores. A pessoa deixa de frequentar uma academia, ir ao psicólogo ou nutricionista pelo fato de não ter condições financeiras, quanto na verdade é apenas uma desculpa. “Quando você firma um contrato com uma academia ou mesmo profissional em emagrecimento, busque contratos que deixem você preso a proposta, para evitar que desista em poucas semanas”, conclui Gladia.

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