Estacionamento interno em obras pode ser saída para desafogar ruas
Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 01:01 | Atualizado há 7 anosUm projeto que abre o estacionamento dos prédios em construção para os funcionários deixarem seus carros e motos tem desafogado ruas do Setor Bueno. Autoridades visitaram, ontem, 24, uma obra em construção na Rua T-54, no Setor Bueno, para conhecerem o projeto. Os estacionamentos são concluídos antes do final da obra, segundo a Dinamica Engenharia, responsável pela obra. São pelo menos 50 veículos a menos nas ruas.
Estiveram presentes o titular da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), Fernando Santana, os representantes de entidades do setor imobiliário Ademi e Sinduscon, o deputado estadual Lívio Luciano (MDB), o coordenador do Plano Diretor, Henrique Alves, entre outras autoridades. A visita servirá para conhecerem o projeto, que pode ser estendido.
A medida contribui para diminuir o volume de veículos que ocupam a vizinhança durante todo o período comercial. E toda contribuição é válida diante do crescimento de veículos na capital. Dados do Departamento de Trânsito de Goiás (DETRAN), mostram que na capital o número de veículos já ultrapassa os 1,1 milhão, o que resulta numa relação de 1,18 pessoa por veículo. O número já deixa tensos os motoristas especialmente neste fim de janeiro, época de retorno das aulas na maioria das escolas da capital. Além da paciência para lidar com o tráfego mais intenso, os motoristas também enfrentam a dificuldade para estacionar.
A obra do Setor Bueno é um dos canteiros onde o projeto foi implantado. Vizinho de cinco instituições de ensino, além de muitas clínicas médicas, o estacionamento beneficia cerca de 50 colaboradores, tirando seus carros e motos das ruas. “Deixamos de ocupar os dois lados de rua de 240 metros”, calcula Marco Antonio de Carvalho, engenheiro residente da obra. O encarregado de obra, Osvaldo Silva, 54 anos, conta que o estacionamento dentro da obra trouxe mais tranquilidade no dia a dia. “Antes precisava chegar à obra 6h20 no máximo, caso contrário não encontrava vaga ou precisava estacionar muito longe”, explica.
A medida beneficia também a vizinhança e a comunidade que circula pela região. Em algumas fases da obra, o número é ainda maior e o estacionamento acolhe clientes, visitantes e prestadores de serviço. “É uma medida bacana porque, especialmente no período de aulas, é quase impossível encontrar uma vaga por aqui”, diz Evandro Araujo dos Santos, que trabalha com gesso.
Criar esses espaços para estacionamento dentro dos empreendimentos foi possível graças à mudança da ordem construtiva das obras. “A fim de monitorar a qualidade do nosso acabamento, há algum tempo, nós optamos por concluir o subsolo, térreo e mezanino, antes de começar a ‘subir’ a estrutura do prédio. Com o pronto, percebemos que poderíamos dar a ele esta função temporária e, assim, tornar este período de obras mais confortável para os colaboradores e a vizinhança também”, observa o diretor da Dinâmica Engenharia, Mário Valois. As vagas ficam disponíveis até a fase final da obra.
SEGURANÇA
Outro benefício para os colaboradores é a segurança do seu patrimônio. “Sempre quando deixava de fora ficava receoso de roubarem o som, arranharem ou baterem ou até mesmo levarem o veículo. Por mais que eu tenha seguro é umas situação chata de transtorno. Agora com o estacionamento fico mais calmo, corro menos riscos”, complementa Osvaldo Silva.
Dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, até o mês de agosto deste ano foram furtados mais de dois mil veículos na capital. Em novembro de 2016, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apontou que Goiás é o Estado com o maior índice proporcional de furtos e roubos de carros em todo o país. A taxa é de 798 ocorrências desse tipo crime para cada 100 mil veículos. Nosso Estado está à frente do Rio de Janeiro (775,8) e São Paulo (717). Os dados são em referência ao ano de 2015, em que foram furtados ou roubados 28.294 automóveis em Goiás.
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