Estudantes de Catalão ocupam reitoria da UFG
Diário da Manhã
Publicado em 11 de outubro de 2018 às 03:04 | Atualizado há 6 anosEstudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) da unidade de Catalão ocuparam, ontem, o prédio da reitoria da instituição no Campus Samambaia, em Goiânia. O que motivou o protesto é a luta pela construção da Casa do Estudante no município de Catalão. Segundo o movimento estudantil a ocupação é por tempo indeterminado.
Em documento, o movimento estudantil alega que a UFG não cumpriu com o acordo da construção da moradia para os alunos. Segundo eles, em 2017 a instituição se comprometeu em destinar aproximadamente R$ 1,5 milhões para início da obra da Casa do Estudante na cidade de Catalão.
Para os estudantes a construção desta obra representa o processo de democratização da universidade. Eles afirmaram que não renunciaram à luta, assim como fizeram em outras ocupações.
“Desde 2015, o movimento estudantil travou lutas importantes que culminaram no avanço do processo pela construção da casa. Foram três ocupações neste período que resultaram: na definição pela construção da obra como prioridade na regional; na obtenção do terreno para a construção da obra; e na abertura da licitação para início da obra em 2018, através da ocupação do bloco administrativo em Catalão que durou 33 dias, cujo o processo só foi lançado no dia 27 de dezembro de 2017”, afirmam no documento.
Em nota, a administração da UFG disse que foi surpreendida com a ação que caracteriza uma ruptura com o diálogo em curso. “Uma reunião com os estudantes para tratar da questão da moradia estudantil em Catalão já havia sido marcada para esta quarta-feira, às 16h. A ocupação é uma iniciativa desrespeitosa e antidemocrática, uma vez que antecipa uma atitude de radicalização antes mesmo de se manter o diálogo com os gestores”, diz a nota.
Segundo a universidade, a Reitoria vem mantendo negociações com o Ministério da Educação, juntamente com a direção da Regional Catalão, para garantir os recursos necessários para a construção da moradia estudantil. Eles afirmaram que todos os procedimentos administrativos (projetos e licitação) já foram concluídos, dependendo agora apenas da liberação de recursos pelo MEC.
Na nota eles reforçaram que a “administração superior sempre esteve disponível para o diálogo, rompido pela ação de um grupo de estudantes, e que continua a envidar esforços junto ao MEC para assegurar a liberação de recursos para a contratação da obra ainda neste ano. Reitera que a ocupação prejudica, sobretudo, a própria comunidade universitária e ressalta a importância da imediata desocupação do prédio”.
O DM entrou em contato com a assessoria da UFG para falar sobre a reunião com os estudantes, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.
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