Ex-marido persegue mulher e ameaça matar ela e sua família
Diário da Manhã
Publicado em 28 de novembro de 2017 às 02:08 | Atualizado há 7 anosScarlathy Melissa Crispim, de 24 anos, está escondida com sua filha de cinco anos, Ana Júlia, após receber ameaças de morte do seu ex-namorado, que é pai da criança. Whashington Afonso Batista não aceitou o fim do relacionamento, que ocorreu há cerca de dois meses, e está perseguindo Scarlathy desde então. Ele hackeou as redes sociais e transferiu o número de telefone da mulher para seu nome. Ontem, quase um mês após a solicitação, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), de Aparecida de Goiânia, emitiu uma medida protetiva que determina o afastamento do homem e proibição de entrar em contato com ela e sua família.
Caso a medida seja descumprida, um mandado de prisão será emitido para Whashington. Segundo a família da jovem, o homem registra casos de estupro e cárcere privado em outro relacionamento e foi preso em São Miguel do Araguaia após denúncia. Ele teria convencido a vítima a retirar a denúncia para ser solto. Após sair da cadeia, voltou a procurar Scarlathy. Em uma conversa por WhatsApp, o homem ameaça “diminuir” a família da jovem e diz que começaria por sua irmã. “Eu sei onde sua irmã mora e trabalha. Eu começo por ela”, escreveu.
Recentemente, ele foi até a casa de Scarlathy, que fica no Jardim Nova Era, em Aparecida de Goiânia, e levou Ana Júlia para o interior do Estado, devolvendo ao final do dia. Na ocasião, enviou um áudio ameaçando a mulher. “Se você quiser confusão, alarma todo mundo que eu peguei a Ana Júlia e viajei com ela. Alarma a família toda e a polícia, tá?”, dizia Whashington em tom de ironia. “A melhor coisa que você faz é pegar um ônibus, ficar caladinha e vir aqui que eu te entrego a Ana Júlia”, completou.
“Ele pegou meu número e fez mudança de titularidade. Passou meu número para o CPF dele e agora tem acesso a todas as minhas contas. Ele entrou nas minhas conversas e me chamava de vagabunda. Eu chamava a polícia e eles falavam que não poderiam fazer nada”, relata Scarlathy. Em outro áudio enviado, o homem dizia “é tudo meu, sua rede social é minha”. Logo após o término, a jovem teve seu celular roubado e perdeu as provas das ameaças. Agora, ela guarda os arquivos com maior segurança.
A mãe da jovem, Alba Valéria, de 48 anos, que também está sendo ameaçada, afirma que está se sentindo isolada por conta do caso. “O síndico do prédio que moro pediu para minha neta não descer mais para o jardim. Os vizinhos falam que esperam eu sair de casa para não saírem junto comigo e correr risco. A sensação é de que eu estou contaminada. Estamos em pânico”, relata. Valéria também precisa entrar e sair da escola em que trabalha em horários diferentes dos alunos, também, segundo a escola, para não oferecer risco aos estudantes.
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