Fabricação goiana de veículos e carrocerias cai 47%

A atividade goiana de fabri­cação de veículos automo­tores, reboques e carroce­rias registrou queda de 47% em agosto de 2018, quando compara­do ao mesmo período do ano ante­rior. Essa é a sexta variação negati­va da atividade em 2018 e a quarta queda consecutiva no ano. Os da­dos são do IBGE e foram repassa­dos, ontem, ao Diário da Manhã.

Segundo o informe, além da fa­bricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, a indús­tria extrativa (-22,6%), e a fabrica­ção de outros produtos químicos (-9,8%) exerceram as principais contribuições negativas sobre o total da indústria nesse mês.

Foram pressionadas, em grande parte, pela menor produ­ção de automóveis com motor a gasolina, álcool, bio-combustível ou diesel e veículos para trans­porte de mercadorias com motor diesel, na primeira; de minérios de cobre, fosfatos de cálcio, alu­mínico cálcicos e pré- fosfatado, e pedras britadas, na segunda; e de adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio, NPK, mine­rais ou químicos (com nitrogê­nio e potássio), e fosfatos de mo­no-amônio, na última.

Em agosto de 2018, sete das nove atividades goianas investi­gadas mostrando queda na pro­dução. Os principais impactos positivos sobre o total da indús­tria foram observados nos seto­res da indústria de metalurgia (7,6%), e fabricação de produtos alimentícios (2,1%), impulsiona­dos, principalmente pela maior produção de ferro-nióbio e ouro em formas brutas para usos não monetários, na primeira, e pro­dução de óleo de soja, carnes bovinas e resíduos da extração de soja, na segunda.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL RECUA

A produção industrial goiana recuou 4,1% em relação a agosto de 2017, sexta taxa negativa do ano e a quarta taxa negativa consecu­tiva. Goiás teve a segunda maior queda nacional, ficando a frente apenas do Estado do Amazonas.

No Brasil, houve avanço de 2,0%, na mesma base de compa­ração, puxada pelo avanço da pro­dução industrial em 11 dos 15 lo­cais pesquisados. Em relação ao mês de julho de 2018, a produ­ção industrial do estado teve va­riação de 0,2%, valor oposto à va­riação nacional (-0,3%), na série com ajustes sazonais.

Apesar de continuar apresen­tando queda na atividade indus­trial no mês de agosto de 2018, Goiás ainda mantém variação po­sitiva no acumulado dos últimos 12 meses (0,9%), principalmente por conta do crescimento da in­dústria nos meses de setembro (6,5%), outubro (11,5%) e novem­bro (18,5%) de 2017.

No acumulado do ano (janei­ro a agosto), a atividade industrial em Goiás continuou em queda com -3,6%, enquanto o Brasil acu­mulou variação positiva de 2,5% no mesmo período.