Gestante baleada com tiros no rosto morre no Hospital das Clínicas de Uberlândia
Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 18:02 | Atualizado há 2 semanasYana Maia
Bruna Taísa Pereira Alves, 22 anos, grávida de três meses, foi baleada com dois tiros no rosto no dia 10 de fevereiro, em um cômodo alugado no Bairro Maravilha, zona norte de Uberlândia.
A vítima faleceu na noite de ontem, quinta-feira (18), no Hospital de Clínicas de Uberlândia (HC-UFU).
A jovem morava em um quarto alugado, em uma casa com outras 4 pessoas, onde o crime aconteceu.
Segundo informações da polícia civil, o autor dos disparos, chegou em uma motocicleta de cor preta e ao ver o portão aberto, efetuou os dois disparos,ambos contra a nuca, e logo em seguida fugiu. Um dos tiros atravessou da nuca para o rosto.
De acordo com as investigações, o crime tem origem passional, uma vez que, o suspeito Gabriel Mandonça Rodrigues, de 19 anos, ex-namorado da vítima, teria dito que ele era o pai do bebê que Bruna esperava. Nesta manhã, a polícia civil informou que o autor do crime será indiciado por homicídio qualificado e aborto.
Estatísticas
Bruna Alves é mais uma jovem que entra para o ranking da violência dos municípios brasileiros, só este ano já foram registradas onze mortes violentas em Uberlândia.
Pesquisas relacionadas à mortalidade feminina no Brasil, feitas pelo site: http://www.compromissoeatitude.org.br, mostram que em cada 4.762 homicídios de mulheres registradas em 2013, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo assim, a maior parte desses crimes foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Isso significa que a cada sete feminicídios, quatro foram praticados por pessoas que tiveram ou tinham relações íntimas de afeto com a mulher.
A estimativa feita pelo “Mapa da Violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil”, com base em dados de 2013 do Ministério da Saúde, alerta para o fato de ser a violência doméstica e familiar a principal forma de violência letal praticada contra as mulheres no Brasil.
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