Greve do transporte coletivo continua suspensa
Redação
Publicado em 16 de agosto de 2016 às 02:24 | Atualizado há 8 anosDurante audiência de conciliação dos motoristas do transporte coletivo de Goiânia e empresas da categoria, na tarde de ontem, 15, ficou definido que haverá suspensão do início da greve dos empregados do transporte urbano municipal.
Os motoristas e as empresas ainda não conseguiram chegar a um acordo, mas os trabalhadores devem esperar até hoje (16) para que haja uma nova audiência, na qual o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET) apresentará uma nova proposta de reajuste.
Caso o reajuste pedido pela categoria não seja acatado pelas empresas, a previsão é que o serviço seja interrompido. Entretanto, a paralisação não se daria imediatamente. Caso ela aconteça, haverá uma nova reunião com os trabalhadores da categoria para decidir a data de início da greve. A previsão, no entanto, é que a greve tenha início na madrugada de quarta-feira (17).
A proposta dos trabalhadores da categoria é de aumento de 5,5% nos salários e no ticket alimentação.
Reivindicação
A discussão entre empresas e trabalhadores do transporte coletivo já se estende há cinco meses. O assunto em pauta é o valor da data-base que reajusta o salário e os benefícios trabalhistas. Apesar das várias reuniões, motoristas e concessionárias ainda não entraram em um consenso.
Em março deste ano, quando se iniciou os debates sobre o assunto, a proposta das empresas foi um reajuste salarial de 5,5%. Porém, em assembleia, os trabalhadores decidiram que o reajuste linear ficaria em 11,08%. Lembrando que o índice inflacionário oficial de 2015 ficou em 10,67% em todo o País.
Apesar disso, o Sindittranporte, que representa os motoristas, alega que o índice decidido pelos servidores do transporte público é o mesmo indicado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e que não há condições de acordo com a proposta feita pelas empresas, que significa metade da inflação e que resulta em perdas aos trabalhadores.
Uma análise de comparação pode ser feita através do aumento da passagem de ônibus que passou de R$ 3,30 para R$ 3,70, em fevereiro de 2016, o que equivale a um aumento de 12,1%.
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