IBGE projeta 6,9 milhões de habitantes este ano em Goiás
Diário da Manhã
Publicado em 26 de julho de 2018 às 00:18 | Atualizado há 6 anosO IBGE divulgou em 2013 as projeções da população para o Brasil e para as unidades da Federação, incorporando os resultados do Censo Demográfico 2010 e informações mais recentes sobre as componentes do crescimento demográfico. Dada às transformações na dinâmica demográfica, essas projeções são monitoradas a todo o tempo e, ao menor sinal de que estejam apontando para um cenário diferente do previsto, as mesmas são revistas. A Revisão 2018, segundo a instituição, justifica-se pela constatação da mudança de trajetória da hipótese de fecundidade adotada nas Projeções 2013.
Na projeção divulgada em 2013, o crescimento demográfico se estabilizaria em 2043, e a partir daí, começaria a recuar. Na revisão, essa mudança no crescimento da população brasileira se iniciará em 2048. O método utilizado para projetar as populações do Brasil e dos estados leva em conta as variáveis de nascimento, morte.
A projeção da população estima que, neste ano de 2018, o número de pessoas aptas a votar (16 anos ou mais de idade) supera o eleitorado de 2016 em 18,9% em Goiás e 11,6% no Brasil.
POPULAÇÃO GOIANA CONTINUARÁ CRESCENDO
Goiás figura entre as oito unidades da federação, cujo volume populacional não diminuirá no horizonte da projeção (que se estende até 2060). Já o Brasil, terá a sua população total atingida o limite em 2048.
A população goiana, segundo a presente Revisão 2018, projeta 6,9 milhões de habitantes para este ano e 7,0 milhões no ano seguinte. O Brasil projeta 208,5 milhões neste ano de 2018 e 210,1 milhões de habitantes em 2019. Os demais valores populacionais para ambos e para o Centro-Oeste.
A revisão da projeção indica que Goiás manterá a taxa de crescimento positiva até 2060 (ano limite da projeção populacional), enquanto o Brasil se manterá negativa a partir de 2048. Apesar disso, a taxa goiana diminuirá consideravelmente, saindo de 1,68% em 2011 e chegando a 0,14% em 2060.
EM 2045, GOIÁS TERÁ MAIS IDOSOS DO QUE CRIANÇAS
Embora o volume populacional tenda a diminuir, a esperança de vida ao nascer continuará crescendo com o passar dos anos, segundo a Revisão. A projeção indica que essa variável em Goiás, para o ano corrente, é de 74,5 anos, enquanto no Brasil é de 76,2 anos. Em 2060, a projeção estima uma expectativa de 79,6 anos para Goiás e de 81 anos para o Brasil.
O envelhecimento populacional também pode ser visto na projeção da proporção de pessoas por grupos etários. Ao comparar o grupo etário de 0 a 14 com o grupo de mais de 65 anos, fica possível observar curvas díspares de crescimentos. Em Goiás, a população do grupo de idade menores de 15 anos será alcançada pelo grupo de maiores de 65 anos em 2045, enquanto no Brasil, essa marca será alcançada em 2039.
Por consequência ao envelhecimento da população, a projeção indica crescimento da idade média de 32 anos em 2018 para 42,8 anos em 2060 para o Estado, enquanto no Brasil, essa variação será de 32,5 anos em 2018 para 45,6 anos em 2060.
FECUNDIDADE ENTRE GOIANAS DE 30 A 39 ANOS
Apesar de Goiás ter o crescimento populacional positivo até 2060, a taxa de fecundidade goiana fica abaixo do Brasil em boa parte do período que compreende esta projeção. Em 2014 a taxa de fecundidade em Goiás foi projetada a 1,81%, enquanto o Brasil ficou em 1,78%. A Revisão 2018 projeta que a taxa de fecundidade goiana ficará acima da nacional até 2028, quando esta voltará a ficar maior que a taxa de Goiás.
A taxa de fecundidade também varia, ao longo do tempo, por grupo etário da mãe. Segundo a projeção, os grupos de mulheres com idades superiores a 30 anos devem ganhar mais peso na fecundidade em 2060, enquanto que os grupos das mulheres com menos de 29 anos terão, cada vez menos, filhos. É perceptível a queda na taxa de fecundidade para os grupos de idades entre 15 e 29 anos. Em sentido oposto, estão os grupos de idade entre 30 e 39 anos com aumento na taxa de fecundidade.
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