Cotidiano

Identificados responsáveis por crime ambiental

Diário da Manhã

Publicado em 6 de março de 2016 às 23:26 | Atualizado há 9 anos

 

Os responsáveis pelo rompimento das duas represas localizadas na zona rural do município de Santa Helena de Goiás, são punidos pela Polícia Militar Ambiental. O caso aconteceu na última quarta-feira, 02, após uma forte chuva atingir a cidade deixando moradores desabrigados.

Os policiais ambientais afirmaram quem as barragens das represas não possuíam licença ambiental. Além disso, foi constatado que eram antigas sendo construídas por cerca de 40 anos. Para a polícia, o acidente aconteceu a partir da represa mais antiga, percorrendo as demais represas que foram destruídas até chegar na última que também não aguentou a correnteza.

De acordo com os bombeiros, oito famílias residentes nas fazendas vizinhas também sofreram transtornos, houve registro de casa alagada. Ao total, foram cerca de treze famílias prejudicadas.

Em nota divulgada durante a semana, após o rompimento das duas barragens, a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos afirmou que as represas começavam no Clube Recreativo de Santa Helena de Goiás até a captação de água de Monsanto.

Ainda de acordo com o órgão, a represa tem 44 anos e rompeu na madrugada de terça-feira (01) e afirmou que era possível que a represa não tinha licença e nem registro. Porém, o clube alega que tem somente autorização de captar água na represa.

As represas pertencem a uma empresa de agricultura e biotecnologia e os responsáveis podem responder por crime ambiental.

Em entrevista recentemente ao Diário da Manhã, o delegado Luziano Severino de Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) havia alertado pelo risco do rompimento de mais duas represas e a necessidade de uma avaliação de um técnico na área para analisar quais medidas urgentes deveriam ser tomadas.

O delegado também confirmou o prejuízo econômico que o rompimento das barragens causaram, como a demolição de pisciculturas. Além dos danos ambientais com a destruição da mata ciliar. Ele acredita que um dos motivos do rompimento das barragens devem ser falha humana ou técnica associada a chuva intensa, com a comporta da represa fechada pode ter impedido o escoamento da água.

Represas clandestinas

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) acredita que cerca de 90% das barragens do Estado são clandestinas. O que chama atenção é o risco de provocar acidentes tendo em vista o desmatamento e que a maioria ficam próximas uma das outras.

O delegado titular da Dema, Luziano alerta pelo perigo de rompimento dessas barragens que não são licenciadas. Um dos casos é em Goianira, município que possui mais de trinta represas. Para a construção é necessário ter licença de barragem, outorga e desmatamento.

A Secima não possui dados do número de represas em Goiás. Um estudo deve ser feito pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos com a previsão de conclusão até o final deste ano.

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