Cotidiano

Incra diz que hábitos alimentares estão relacionados a seis tipos de câncer

Diário da Manhã

Publicado em 5 de agosto de 2018 às 00:52 | Atualizado há 2 semanas

A alimentação saudável tem batido ponto no cardápio dos brasileiros que se preo­cupam com a qualidade de vida, e em Goiânia não é diferente. O car­dápio saudável vem acompanhado pela estética, autoestima, e bem es­tar que se tornam cada vez mais pre­sentes na rotina dos goianos.

Mas em qual categoria os brasi­leiros se encaixam hoje? É neces­sário avaliar a saúde física e men­tal em todas as idades. Doenças são hoje as maiores causas de morte em todo o mundo, mas com bons hábi­tos elas são facilmente evitadas. Os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortali­dade pela doença, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva).

Assim como afirma o Personal Rafael Soares, 25: “Sempre acom­panhado de um especialista será o ideal para saúde e objetivos, porém informação hoje é muito fácil, dá para comer bem e mudar seus há­bitos por si só basta querer”. A mu­dança está na sua mente. A procu­ra por uma boa alimentação surge pela preocupação dos brasileiros com a obesidade e sobrepeso.

O empresário Rodran Araú­jo, 37, dono da “Loucos Por Die­ta” pontua a importância de se cuidar e receber em troca uma vida saudável e leve: “A popula­ção percebeu de um modo geral, através do acesso à informação, a importância de se cuidar, preve­nir e ter uma vida com mais quali­dade. Isso fez com que as pessoas buscassem se alimentar melhor, exercitar-se mais e buscar maior orientação. E ainda fala da opor­tunidade de estar neste ramo: “O mercado tende a crescer, uma vez que a economia ainda não se res­tabeleceu por completo em nos­so país”, acrescentou.

BOA ALIMENTAÇÃO E SEDENTARISMO

A falta de uma boa alimenta­ção e o sedentarismo são as maio­res causas de doenças cardíacas, câncer, e doenças cardiovascula­res. Dados do Inca constatam que uma dieta rica em “frutas, legu­mes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, pode prevenir de 3 a 4 milhões de ca­sos novos de câncer a cada ano no mundo”. E Fátima Marinho, diretora do Departamento de Vi­gilância de Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis e Pro­moção da Saúde (DANTPS) reite­ra que: “a obesidade e o sobrepeso são portas de entrada para doen­ças crônicas,” destaca.

Ou seja, não têm fórmula má­gica não, a melhor maneira de se chegar à melhor idade é com boa alimentação, regada a exercícios fí­sicos regulares e transformar essa nova forma de viver em um estilo de vida como reforça Rafael Soa­res: “Viva em dieta, ou seja, coma bem a maior parte da sua vida, e não terá que se preocupar em sair da dieta. Comece hoje a cuidar da sua saúde, não espere um médico te falar, não se preocupe com peso, se preocupe em mudar seus hábi­tos, estilo de vida, etc… Perder peso será consequência”, afirma.

Mas é bem como o educador fí­sico e atleta, Lucas Kaynnã, 23, diz: “Pessoas que não possuem um há­bito saudável desde cedo, por in­centivo dos pais ou por influência precisam sem dúvida de acompa­nhamento de especialistas como o fisiologista e o nutricionista”. E ape­sar de ter começado no mundo do atletismo muito novo não desistiu: “Comecei a treinar com 11 anos de idade de forma sistematizada, e recebi o registro da Confederação Brasileira com 15 anos em 2010,” reforça. E desde então Lucas nunca mais parou de correr, ele compe­te em provas de 800 metros, 1500 metros e 3000 metros com obstá­culos. Tornou a corrida um estilo de vida aliada à qualidade, estéti­ca e boa alimentação.

O futuro das pessoas que não se importam nem um pouco com as primícias de se cuidar e ter uma vida saudável é adoecer. É preciso des­pertar agora para ter uma vida pro­longada e aproveitar cada segundo dela. Não é nada fácil modificar há­bitos que possuímos desde a infân­cia, mas com força de vontade, e de­terminação tudo é possível.

 

 

Sempre acompanhado de um especialista será o ideal para saúde e objetivos, porém informação hoje é muito fácil, dá para comer bem e mudar seus hábitos por si só basta querer” Rafael Soares, personal  

 

Reeducação alimentar pode ser uma saída para combater sobrepeso da população

A reeducação alimentar é algo a ser priorizado neste momento em que mais de 50% da popula­ção brasileira está com sobrepeso. Existem dietas mais leves com me­nos restrições, que possam agre­gar uma alimentação de qualida­de sem deixar de degustar pratos apetitosos. A psicóloga alimentar, Lorena Bueno Belchior, 36, expli­ca que não é muito simples, mas que quando você quer você con­segue mudar seu estilo de vida to­talmente: “Para você mudar os há­bitos alimentares, você tem que mudar os hábitos dentro da sua casa. Fiz reeducação alimentar aos 30 anos, e hoje com 36 já faz tempo que não sofro com o “efeito sanfo­na”, eu encontrei o meu equilíbrio”.

É de extrema importância perceber os sinais que o corpo fornece com o passar dos anos. Conforme envelhece o corpo grita por saúde, implorando por mais qualidade de vida regada à exercícios e uma gostosa dieta. É bem aí que eles focam, ficam mais preocupados com a vaida­de, com a forma física, e o prin­cipal: a saúde. Afinal, quem não quer viver por muitos anos?

A procura por uma alimenta­ção benéfica tem crescido gra­dativamente e entrado para uma esfera de mudança comporta­mental das pessoas, tanto em ree­ducação alimentar quanto ao há­bito das atividades físicas, e até esportes para obter melhor rendi­mento no trabalho, melhor apa­rência, e também benefícios na vida sexual. A pesquisa realiza­da pela Vigitel ao Ministério da Saúde avaliou um crescimento nas práticas físicas: “A prática de atividade física no tempo livre au­mentou para 30,3% o número de pessoas que faziam pelo menos 150 minutos de exercícios por se­mana em 2009. No ano passado, esse número cresceu para 37,6%”.

E vale lembrar que quem con­cilia trabalho, estudos, e a vida pessoal à atividades físicas e die­ta estão em suma maioria entre pessoas de 18 e 24 anos com uma renda melhor entre classe mé­dia e classe média alta, segundo a pesquisa do Ministério. É exa­tamente sobre as condições de acesso da população aos servi­ços públicos que o empresário do ramo Rodran A. destaca: “A clas­se média e média baixa precisa ter acesso a mais profissionais, às po­líticas públicas voltadas à orien­tação e prevenção de doenças”.

Mas a psicóloga Dielle Ramos, coach alimentar, 35, alerta sobre essa faixa etária que é seduzida pela forma física: “A mudança de comportamento nessa faixa etária, por vezes é bem comple­xa, por existir um “modismo” e uma cobrança social que os le­vam a determinadas ações sem preparar-se psicologicamente, resultando em uma relação con­turbada com a comida e o corpo, resultando às vezes em transtor­nos alimentares,” enfatiza.

PREOCUPAÇÃO

A preocupação com o corpo e a forma física é preocupante, já que a internet viraliza muitas fotos de modelos, e atrizes incentivando dietas malucas, e desinformação sobre as melhores formas de se conquistar o bem-estar. E por ve­zes as pessoas ao adotarem essas estéticas e estereótipos digitais dei­xam de se preocupar com a saúde (que em foco precisa ser a princi­pal escolha), e passam a olhar so­mente para o resultado que quer alcançar sem se preocupar com as consequências, como ressalta a psicóloga Lorena Bueno.

“Podemos dizer até que por volta dos 12, 13 anos de idade essa preocupação já está bem aparen­te na sociedade. É importante lem­brar que nem sempre estar magro é sinônimo exato de saúde, porque há pessoas com sobrepeso que tem resultados de exames clínicos melhores do que algumas pessoas magras”, afirma. a psicóloga.

O empresário Rodran ao per­ceber a preocupação das pessoas ao seu redor com a alimentação passou a compreender um ni­cho de mercado na área alimen­tícia, aproveitou a oportunidade e hoje se destaca no Estado le­vando qualidade de vida aos pra­tos dos goianos. E convenhamos que não é muito difícil se adequar às novas modalidades de alimen­tação equilibrada acompanhada por profissionais especializados como nutricionistas e psicólogos e trabalhando em conjunto, é pre­ciso não só mudar os maus hábi­tos, mas também adequar a ali­mentação diariamente.

O importante nessa hora é buscar ajuda de psicólogos como é o caso da psicóloga Lorena que trabalha com distúrbios alimen­tares, e também um nutricionis­ta que indique o melhor cami­nho na hora de mudar os rumos. E sem nos esquecermos da im­portância de um instrutor físico que acompanhe de perto caso a caso. Cada pessoa tem uma espe­cificidade a ser trabalhada da me­lhor forma, seja ela na academia, ou fora dela. Mas o acompanha­mento médico é imprescindível quando o assunto é saúde.

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