Cotidiano

Jovem que abortou e abandonou feto em banheiro de UPA é presa em Goiânia

Júlio Nasser

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 19:30 | Atualizado há 2 semanas

Uma jovem de 22 anos, que não teve a identidade divulgada, foi presa pela Polícia Civil, suspeita de praticar um aborto e abandonar o feto no banheiro de uma Unidade De Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Curitiba em Goiânia. A ocorrência foi registrada no domingo, 21, após funcionários do local, encontrarem o corpo da criança e acionar a corporação.

De acordo com a polícia, a mulher é de Darcinópolis, no Tocantins, e é bacharel em direito. Ela estudava em um cursinho da capital para realizar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil e segundo as investigações, nenhum parente tinha conhecimento sobre a gravidez.

Os funcionários encontraram o feto, que tinha entre cinco e seis meses, dentro de uma lata de lixo do banheiro da unidade de saúde. Aterrorizados, acionaram a polícia, que após investigações, conseguiram localizar o endereço da suspeita.

A jovem morava na casa dos tios e está em Goiânia por causa dos estudos. Segundo a corporação, quando os agentes chegaram até à residência a procura da mulher, parentes chegaram a mentir afirmando que ela já havia voltado para estado de origem, apesar disso, os policiais ao entrarem na casa, encontraram a suspeita escondida dentro de um banheiro.

À polícia, a jovem informou ter pesquisado na internet medicamentos contraindicados para gestantes e tomou grande quantidade deles. Ela afirmou que na noite de sábado, 20, começou a passar mal e procurou atendimento na UPA, porém, não informou aos médicos que estava grávida e nem que havia ingerido os medicamentos.

Durante o atendimento na unidade de saúde, ela foi até o banheiro, onde realizou o aborto. A suspeita abandonou o feto na lata de lixo do local e ligou para os tios, indo embora sem receber alta ou informar aos responsáveis pelo atendimento médico.

As investigações apontam que a família da jovem não tinha conhecimento sobre a gestação, uma vez que a mulher não apresentou mudanças físicas. Os tios só tiveram conhecimento do caso quando a polícia entrou em contato para localizar a sobrinha.

Ela informou à polícia, que a gravidez foi fruto de um relacionamento com um homem que mora de Araguaína, também no Tocantins, e que não foi planejada. Além disso, destacou que não queria o bebê por estar passando por um momento conturbando, estar estudando para a prova da OAB e não ter condições de criar um filho.

A jovem será indiciada por aborto e caso seja condenada poderá pegar de 1 a 3 anos de prisão. Ela foi encaminhada ao Hospital Materno Infantil, onde passará por atendimentos médicos necessários após o aborto.

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