Lucia Vânia amplia distanciamento da base
Welliton Carlos da Silva
Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 11:51 | Atualizado há 8 anosA senadora Lúcia Vânia (PSB) deu mais um indicativo de que não estará com a base marconista em 2018: os deputados estaduais Diego Sorgatto e Marlúcio Pereira receberam na terça-feira, 8, aval para que adotem posturas mais independentes na Assembleia Legislativa.
O primeiro sinal de que se afastaria do grupo marconista foi dado em 2015, quando abandonou de fato o PSDB e logo depois anunciou que o partido poderá ter candidato próprio ao Governo de Goiás.
Esposa do ex-governador Irapuan Costa Júnior, que abandonou a Arena e se filiou ao PMDB após a ditadura, Lúcia Vânia já teve o apoio da base aliada em diversos momentos políticos de sua carreira: em 1994, já fora do PMDB, ela enfrentou Maguito Vilela quando perdeu a disputa ao governo pelo PP.
Em 2000, perdeu eleições para Prefeitura de Goiânia pelo PSDB.
Teve apoio do governador Marconi Perillo em 2002 e 2010, quando foi eleita ao Senado com a força do marconismo.
Na primeira disputa ao Senado, conseguiu a vaga em detrimento do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que desejava o cargo e que acabou preterido por Marconi em um gesto de lealdade. Na época, ficou em segundo na disputa, perdendo para o então desconhecido Demóstenes Torres (DEM).
O histórico da senadora dentro da legenda é de aproximação e tensão.
Aos 72 anos, é uma das políticas goianas com maior tempo em cargos públicos no Estado, com atuações em funções de destaque, como a Secretaria Nacional de Assistência Social do Governo Fernando Henrique Cardoso.
Sua atuação no cenário nacional é discreta, mas de forte atuação no Senado, onde atua em causas sociais e na defesa de temas de interesse de Goiás.
No final do ano, a filha da senadora, Ana Carla Abrão, após dois anos na gestão da secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, saiu do governo. Na administração pública, a legenda ainda comanda a Agehab – agência que trata de habitação e que foi plataforma eleitoral do sobrinho de Lúcia Vânia, Marcos Abrão.
PREFEITURAS
Nas eleições municipais de 2016, em Goiás, o PSB não obteve um bom desempenho na base aliada, figurando na sétima colocação em número de prefeitos eleitos.
O PSDB conquistou 75 prefeituras, PP fez 24 prefeitos, PSD elegeu 15, PR conseguiu 18 cadeiras executivas, PTB chegou a 13 cargos executivos, PDT obteve 11 administrações e o PSB arregimentou 10 cidades.
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