Cotidiano

Major Araújo critica: “PF sai menor dessa história”

Diário da Manhã

Publicado em 12 de novembro de 2016 às 01:37 | Atualizado há 8 anos

O deputado estadual Major Araújo – agora vice-prefeito eleito em Goiânia – diz que está completamente indignado com a condução coercitiva dos policiais militares goianos na nova fase da Operação Sexto Mandamento. “Foi uma aberração”, disse o policial.

Para ele, uma situação surreal ocorreu em Goiás, fato que vai marcar profundamente não apenas a corporação militar, mas o povo goiano. “Sinceramente, sabemos que os fatos que fundamentam uma ação daquelas não estão presentes neste caso. Repito: isso tudo diminui o MPF, pois causa um dano muito grande para o povo de Goiás. É fato: a PM ainda não se recuperou daquele teatro realizado no passado. Aí vem essa segunda fase? Olha, espero que a resposta do governo de Goiás seja efetiva, de verdade, pois essa corporação não merece o que tem passado”.

Major Araújo acredita que as instituições falharam em suas reações. “A Polícia Federal e o MPF não podem servir de objeto de vingança. Saíram menores dessa. Eu vi o delegado e esperei ele falar para dizer: os fundamentos apresentados são patéticos. Fiquei estarrecido. Se baseou em depoimentos de uma testemunha, que é a prostituta das provas. A operação que teve antes foi arquivada e trazem à tona tudo de novo?”

SEPARAÇÃO

Para Major Araújo, o que fica da operação de ontem é a fissura entre as duas corporações: “O dano para as relações da Polícia Militar com a Federal é irreparável. Olha, tem PM que muda de rua só para não encontrar PF. Tem PM que nem sei se atenderia uma ocorrência que tem federal. Pois já não veem bem mais essa aproximação. É algo muito dolorido dizer isso, mas é verdade.”

Para Major Araújo, o maior equívoco é manchar a reputação de um grupo que se esforça para trabalhar, já que tem um efetivo proporcionalmente bem menor do que no passado, e ainda desmotivá-la: “Nossos policiais são sérios, trabalhadores, dedicados. Estão todos trabalhando e sempre que solicitados se apresentavam para a Polícia Federal. Por isso não entendi até agora o que motivou isso tudo”.

Para Major Araújo, o maior equívoco é acreditar cegamente em uma teoria, contra todas evidências. “Goiás não tem, nunca teve e nem terá grupo de extermínio. Eu acredito nisso”.

De acordo com o político, nada tem substância na investigação que cita os policiais. “A verdade judicial é: a operação Sexto Mandamento não redundou em nada. Não chegou a lugar nenhum, o próprio secretário Joaquim Mesquita mostrou isso, comprovou, conseguiu demonstrar”.

O vice-prefeito eleito diz que o sistema penal precisa de segurança jurídica e que pequenos erros não devem comprometer o policial. “Não é só presunção da inocência que está em jogo. Está em jogo todo o processo penal e sua tradição, de que uma condução dessas precisa ser motivada e fundamentada”.

Major Araújo cobra reação do governo de Goiás. Para ele, o Estado tem obrigação de tomar providências: “Sabe o que ocorre? A nossa PM, no bom sentido, é muito submissa. Não deveria ser. Mas é respeitosa, disciplinada, atenciosa. Não quero ver um confronto entre as duas polícias. Mas com certeza, não duvidarei se acontecer. Para o bem geral, acredito que chegou a hora de governo de Goiás tomar providências, afinal é quem deveria tomar atitudes”.

 

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