Ministra que comparou salário de mais de R$ 30 mil a trabalho escravo desiste de pedido de acúmulo pagamento
Diário da Manhã
Publicado em 3 de novembro de 2017 às 11:58 | Atualizado há 7 anosApós gerar muita polêmica, a ministra Luislinda Valois (PSDB) desistiu de pedir salário de R$61 mil. Valois queria acumular a aposentadoria de R$30,400 que recebe como desembargadora, com o salário de ministra dos Direitos Humanos. Se o pedido fosse acatado, a mulher receberia quase o dobro do teto do funcionalismo público.
Depois da repercussão negativa, a Ministra desistiu do pedido. No documento apresentado, a mulher afirmava que “não receber pelo trabalho realizado se assemelha a trabalho escravo”.
Em entrevista a Rádio Gaúcha, ela explicou que não se arrepende de ter solicitado o acumulo de salário. “Como é que eu vou comer, como é que eu vou beber, como é que eu vou calçar?”, indagou aos locutores da rádio.
Ela afirmou ainda na entrevista, que o salário de R$ 30,400 é insuficiente para manter os gastos da vida como ministra. “Como aposentada eu podia vestir qualquer roupa. Podia calçar uma sandália havaiana e sair pela rua. Mas como ministra de Estado eu não posso fazer isso porque eu tenho uma representatividade”, completou.
Ao portal UOL, o coordenador da campanha de combate ao trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra, frei Xavier Plassat, afirmou que há um contraste muito grande entre a realidade da ministra e de alguém que não tem nem os direitos básicos garantidos.
]]>