Moro não decreta prisão de Lula para evitar traumas
Diário da Manhã
Publicado em 12 de julho de 2017 às 18:16 | Atualizado há 8 anosO juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Lula a nove anos e seis meses pelo crime de corrupção passiva no caso do triplex, na tarde desta quarta-feira (12). Ao contrário do que era esperado, o magistrado não decretou a prisão imediata do petista, pois segundo ele é preciso ter “prudência” para evitar “traumas”.
“A prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação. Assim, poderá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentar a sua apelação em liberdade”, considerou o juiz.
Na denúncia do Ministério Público, Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS para facilitar a contratação com a Petrobras, sendo que parte desse valor é referente ao tríplex do Guarujá.
De acordo com a sentença “estima o MPF os valores da vantagem indevida em cerca de R$ 2.424.991,00, assim discriminada, R$ 1.147.770,00 correspondente à diferença entre o valor pago e o preço do apartamento entregue e R$ 1.277.221,00 em reformas e na aquisição de bens para o apartamento”.
O ex-presidente foi condenado pelo crime de corrupção passiva e por um crime de lavagem de dinheiro, envolvendo “a ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas”.
]]>