Cotidiano

Muito barulho por nada

Diário da Manhã

Publicado em 19 de junho de 2018 às 01:02 | Atualizado há 7 anos

Quase um mês após o fim da greve dos caminhoneiros o álcool e a gasolina continuam, em média, com preços 50 cen­tavos mais caro do que antes de iniciada a mobilização que parou o País. No período que antecedeu a greve, o litro do álcool custava entre R$ 2,39 a R$ 2,59. O da gasolina entre R$ 4,49 a R$ 4,69. Hoje o álcool, em alguns postos, chega a R$ 2,99, A gasolina beira os cinco reais com postos vendendo o litro até R$ 4,99.

Há quinze dias a reporta­gem do DM rodou alguns pos­tos da capital e encontrou ga­solina a R$ 4,80 a R$ 4,84. O álcool a R$ 2,90 e R$ 2,94. Ago­ra, quase um mês depois da greve, a situação continua do mesmo jeito. Na época o presi­dente do Sindiposto–Sindicato do Comércio Varejista de Deri­vados de Petróleo no Estado de Goiás, Márcio Andrade, afir­mou que os preços estavam mais altos porque as distribui­doras não baixaram os valores depois do fim da greve dos ca­minhoneiros e esta situação perdura até hoje. Diante des­te quadro, o Procon Municipal está fazendo uma fiscalização mais profunda na capital com o intuito de verificar se a mar­gem de lucro dos postos está abusiva. O superintendente do órgão, José Alício de Mesquita afirma, diz que a fiscalização deve ser concluída até a pró­xima segunda-feira.

“Estamos recolhendo as notas fiscais de compra e ven­da dos postos. Vamos analisar a contabilidade antes e depois da greve. Se encontrarmos irre­gularidades como margem de lucro acima dos 20% os postos serão autuados. Já reunimos documentação de 20 postos. Acredito que até a próxima se­gunda-feira a análise da do­cumentação esteja concluída”.

O superintendente do Procon Goiânia afirma ain­da que acordo firmado com a Agência Nacional de Petró­leo permite ao órgão, a partir de agora, autuar e interditar os postos que estejam traba­lhando com margem de lu­cro abusiva. O relatório da fis­calização será encaminhado para o Ministério Público Es­tadual. Outras denúncias que chegam ao órgão como com­bustível adulterado a coloca­ção de menos combustível nos tanques também serão investigadas. Caso seja identi­ficada alguma irregularidade a denúncia será encaminha­da à delegacia especializada.

Já o Procon Estadual diz es­tar monitorando os postos dia­riamente. Gleidson Tomaz, ge­rente de pesquisas do órgão, afirma que até o momento não encontrou nenhuma irregula­ridade. “Diariamente moni­toramos os postos. A margem de lucro dos empresários hoje gira em torno de 13% em rela­ção ao etanol e 14 % à gasolina. Pelo que constatamos até ago­ra, realmente o preço do com­bustível que as distribuidoras estão repassando aos postos foi majorado durante a greve dos caminhoneiros e, mesmo após um mês do fim da greve, con­tinuam altos”. De acordo com Gleidson Tomaz, Goiânia é a 8ª capital com preço mais alto do litro da gasolina. Já em relação ao álcool, é a 3ª mais barata.

 

Acredito que até a próxima segunda-feira a análise da documentação esteja concluída”
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