O Brasil sem proteção contra o sol
Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 01:28 | Atualizado há 8 anosRecente pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia, levantou que oito em cada dez brasileiros não usam protetor solar. Em um país em que a incidência de raios solares é alta durante todo o ano, os dados preocupam. De ressecamento até o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele, os perigos são vários, mas podem ser evitados com o hábito simples de aplicar protetor diariamente.
A falta de opções não é desculpa para o não uso, já que os protetores podem ser encontrados nas formas de creme, loção, spray e até mesmo nas maquiagens, como em bases e pós. Somente a rede de Drogarias Santa Marta dispõe de mais de 15 linhas completas desses produtos, desde marcas populares até as mais caras, vendidas geralmente com indicação dermatológica. Com o verão, a farmacêutica da Santa Marta, Jane Almeida, percebe aumento significativo, em cerca de 15%, e algumas tendências nos pedidos por protetores. “Por estarmos em um clima tropical, a procura por produtos para pele oleosa é maior, mas as pessoas também se preocupam mais com a proteção no rosto, esquecendo que todas as áreas expostas do corpo devem ser protegidas”, conta.
A médica pós-graduada em dermatologia, Alessandra Serquiz, explica que a forma ideal de passar o protetor é 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada 2 horas. “No verão, como transpiramos mais e também por irmos à piscina ou praia, devemos reaplicar em um intervalo de tempo ainda menor”, ressalta. Ela continua dizendo que não é necessário um filtro somente para o rosto, por algumas pessoas preferirem um filtro com toque mais seco do que os normalmente usados no corpo.
A tonalidade da pele influencia na escolha do fator de proteção solar (FPS). Quem possui pele muito clara é mais sensível ao sol e uma longa exposição pode ocasionar irritação, por isso, o fator recomendado é de 60 ou 70 e, para as menos claras, pode-se utilizar o 50. Os morenos devem aderir aos fatores entre 35 e 40, mas nos primeiros dias de praia, por exemplo, é recomendado usar uma proteção um pouco maior. Por fim, as peles negras, apesar de não correrem tantos riscos de queimaduras solares, ainda assim precisam de proteção, um FPS entre 15 e 30 é o ideal.
Alessandra lembra que as crianças também devem se proteger, porém apenas a partir dos seis meses e com os chamados ‘protetores físicos’ que, ao contrário dos químicos, são compostos majoritariamente por ingredientes naturais e que não penetram na pele. No entanto, tanto para os adultos quanto para os pequenos, o mais importante é notar se o produto protege contra os raios UVA e UVB.
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