Cotidiano

Operação investiga grupo suspeito de usar moeda virtual falsa para aplicar golpes no DF e em Goiás

Júlio Nasser

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 17:47 | Atualizado há 7 anos

Foto:Reprodução/TV Anhanguera

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 21, a megaoperação “Patrik” para desarticular uma organização criminosa envolvida em um esquema de “pirâmide financeira” no Distrito Federal e em Goiânia.

O grupo integrado por 13 pessoas é suspeito de envolvimento na prática que movimentou R$ 250 milhões a partir de investimentos de cerca de 40 mil pessoas em uma moeda virtual falsa, a Kriptacoin. Segundo a corporação, três empresas são alvo da operação, entre elas estão a Wall Street Corporate e a Kriptacoin, criadora da moeda.

Em Goiânia, policiais cumpriram mandados judiciais no Setor Cidade Jardim e em uma mansão localizada no Setor Jaó, onde funciona a empresa Kriptacoin. No local foram apreendidos documentos e computadores.

A ação é realizada pela Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, Ordem Tributária e Fraudes (Corf) em parceria com a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) e do Ministério Público do DF.

As últimas informações são de que 11 mandados de prisão foram cumpridos em Brasília, além da apreensão de sete carros de luxo.

Os envolvidos devem responder por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.

A empresa goiana ainda não se pronunciou sobre o caso.

Pirâmide Financeira

As investigações apuraram que o esquema foi consolidado em janeiro deste ano no DF. Desde então, os membros da quadrilha se passavam por executivos e prometiam altos rendimentos com o negócio, com ganho de 1% ao dia sobre uma moeda virtual falsa e que o resgate do dinheiro só poderia ser feito após um ano.

Porém, as vítimas não conseguiam resgatar os investimentos ao final do acordo. Em um dos casos, uma pessoa disse à polícia que aplicou quase R$ 200 mil e não obteve retorno. Além disso, alegou ter sido ameaçada pelos falsos executivos no momento em que questionou sobre o investimento.

Segundo a corporação, foi constatado que as três empresas investigadas estão em nomes de “laranjas” e seus patrimônios não condizem com as movimentações financeiras. A polícia descobriu, ainda, uma lista com 20 nomes falsos que eram utilizados pelos criminosos.

As aplicações eram realizadas pela internet por meio de uma plataforma digital, mas os depósitos eram feitos em contas correntes.

Com informações do G1/Goiás.

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