Cotidiano

Os milagres da dieta anti-inflamatória

Diário da Manhã

Publicado em 30 de setembro de 2018 às 00:28 | Atualizado há 6 anos

Pesquisadores da Universi­dade de Ciências da Vida de Varsóvia, coordenados pela professora Dra. Joanna Kalu­za, acompanhou 68 mil suíços, ho­mens e mulheres entre 45 e 83 anos de idade por 16 anos. O estudo pu­blicado no início do mês afirmou que a adesão a uma dieta anti-in­flamatória pode reduzir os riscos de morte prematura. Ela também reduz as chances de mortalidade para o câncer e doenças cardíacas.

Os participantes que seguiram com atenção uma dieta anti-in­flamatória tiveram um risco 18% menor de mortalidade por todas as causas, um risco 20% menor de mortalidade cardiovascular e um risco 13% menor de mortalidade por câncer, quando comparado com aqueles que seguiram a dieta em menor grau. A nova forma de alimentação também beneficiou os fumantes. Aqueles que seguiram a dieta com mais cuidado tinham 31% menos probabilidade de mor­rer (de qualquer causa), 36% menos probabilidade de morrer de doen­ças cardiovasculares e 22% menos riscos de morrer de câncer, em com­paração aos fumantes que seguiram a dieta com menos atenção.

O potencial anti-inflamatório da dieta foi estimado a partir do índice validado de dieta anti-inflamatória (AIDI), que inclui 11 potenciais ali­mentos anti-inflamatórios e cinco potenciais alimentos pró-inflama­tórios. Apesar do termo “dieta”, não é tão difícil se adaptar a novos há­bitos de alimentação. A lista de an­ti-inflamatórios consiste em frutas e legumes, chá, café, pão integral, cereais matinais, queijo com bai­xo teor de gordura, azeite e óleo de canola, nozes, chocolate e até mes­mo quantidades moderadas de vi­nho tinto e cerveja.

Os alimentos pró-inflamató­rios incluem carnes vermelhas não processadas e processadas, carnes de órgãos (como fígado e coração), batatas fritas (daquelas vendidas prontas para o consumo, do tipo salgadinho) e refrigeran­tes. “Nossa análise dose-respos­ta mostrou que mesmo a adesão parcial à dieta anti-inflamatória pode trazer benefícios à saúde”, disse Kaluza ao portal Eurekalert.

Normalmente nosso corpo rea­girá desencadeando a sinalização de marcadores inflamatórios quan­do consumidos produtos industria­lizados cheios de aditivos ou proteí­nas que não temos capacidade de digerir. Esses componentes não são reconhecidos como alimentos por nosso corpo e então, em resposta, nosso corpo tenta se defender ge­rando resposta inflamatória.

Então, para combater a ação des­sas toxinas, nosso corpo dispara um alerta aos glóbulos brancos do san­gue (leucócitos) para que eles de­fendam o organismo desses agen­tes, buscando reparar eventuais perdas e danos. A ação dessas toxi­nas e o esforço que o corpo faz para eliminá-las deixa muitas marcas– cansaço, dor de cabeça, vermelhi­dão e dores musculares são alguns dos sintomas. Tudo isso são sinais de que determinado alimento está fazendo mal a saúde.

“Sabe-se que frutas, vegetais, chá, café, vinho tinto, cerveja e chocolate são ricos em antioxi­dantes. Pão integral, cereais ma­tinais, vegetais e frutas frescas e secas são ricas em fibra dietéti­ca, e os óleos de oliva e canola são ricos em ácidos graxos mo­noinsaturados e poli-insaturados, que são potencialmente benéfi­cos para a saúde devido às suas propriedades anti-inflamatórias”, explica Dra. Joanna Kaluza.

 

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