Pequi desponta na economia goiana
Diário da Manhã
Publicado em 28 de outubro de 2016 às 00:46 | Atualizado há 8 anosO valor da extração vegetal e silvicultura em 2015 em Goiás somou R$ 258,5 milhões. A silvicultura, obtida em florestas plantadas, contribuiu com 87,8%, o correspondente a R$ 226,9 milhões do total, enquanto a extração vegetal (coleta ou apanha de produtos em matas e florestas nativas) participou com 12,2% (R$ 31,6 milhões). E o pequi surpreendeu os próprios pesquisadores municipais no grupo de produtos alimentícios levantados pelo IBGE, conforme dados repassados ao Diário da Manhã pela Supervisão de Documentação e Disseminação de Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em Goiás.
No Estado, foi o que apresentou o maior valor da produção extrativa não madeireira, participando com 63,5% do valor total, seguido pelas oleaginosas (36,5%). O produto goiano não madeireiro com maior valor da produção em 2015 foi o pequi (R$ 1,6 milhão). Esse fruto é normalmente comprado nas feiras livres de Goiânia e de cidades do interior. O pequizeiro ocupa vastos espaços nos Estados centrais do Brasil. Em Goiás, é encontrado nas fazendas. E a polpa tanto serve como alimento num cardápio quanto como óleo na cozinha. No atacado na Ceasa em Goiânia a caixa do pequi em casca oscila de R$ 40 a R$ 50,00, conforme a qualidade. A caixa pesa em média 32 quilos. Nas feiras livres e alguns pontos de rua o fruto é encontrado a R$ 15,00 o litro, medida habitual dos feirantes e demais vendedores no varejo.
Extração de madeiras
É o que mostra a pesquisa da Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS) 2015, que investiga 38 produtos oriundos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura. A pesquisa aborda informações sobre a variação da produção, sua distribuição espacial e a produção dos produtos madeireiros e não madeireiros, assim como a participação dos segmentos da extração vegetal e da silvicultura no valor da exploração florestal.
Há informações para Brasil, compreendendo grandes regiões, Estados e para todos os 5.570 municípios. Madeiras provenientes da Extração Vegetal apresentaram queda em 2015 Em 2015, a produção de carvão vegetal extrativo em Goiás correspondeu a 4,9 mil toneladas, um decréscimo de 80% em relação ao ano anterior.
Seguindo a tendência dos últimos anos, a produção de lenha do extrativismo em Goiás foi de 462,8 mil metros cúbicos, apresentando, em 2015, também uma queda de 5,6% em relação a 2014. A produção de madeira obtida nas florestas nativas foi de 6,7 mil metros cúbicos, e, seguindo os demais produtos madeireiros, também apresentou um decréscimo de 9,3% em relação a 2014.
No Estado cai a produção de carvão vegetal da silvicultura A produção de carvão vegetal da silvicultura goiana em 2015 foi 60,0% inferior à obtida em 2014. A queda na demanda por parte da indústria, em especial a siderúrgica, colaborou para o decréscimo da produção, que totalizou 1.276 toneladas, oriundas de plantios de eucalipto.
O total de lenha produzido em 2015 foi de 3,4 milhões de metros cúbicos, um decréscimo de 26,5% em relação a 2014. O município de Rio Verde, situado na região Sudoeste, destacou-se na produção de lenha sendo o quarto maior produtor nacional. Do total de madeira em tora para outras finalidades produzidas em Goiás, 81,4% foram extraídos de plantios de eucalipto e 18,6% de florestas plantadas com pinus.
A produção em 2015 foi de 574,0 mil metros, um decréscimo de 4,0% em relação a 2014. Área da silvicultura alcança 142,9 milhões de hectares em 2015. A área ocupada com a silvicultura em 2015 no Estado atingiu aproximadamente 142,9 milhões de hectares, dos quais 93,6% estavam plantados com eucaliptos, das quais 5,5% com pinus e 0,9 % com outras espécies.
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