Polícia Civil desarticula grupo suspeito de matar 23 pessoas somente em 2017
Júlio Nasser
Publicado em 5 de setembro de 2017 às 16:57 | Atualizado há 7 anosFoto:Reprodução/DIH
A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira, 5, 14 suspeitos de integrar uma organização criminosa responsável por 23 homicídios, somente neste ano, em Goiânia. As prisões ocorreram durante a Operação Descarrilamento realizada entre os dias 31 de agosto e 1º de setembro, em ação conjunta da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), da Gerência de Inteligência da Polícia Civil e a participação de 40 agentes, entre delgados, escrivães e papiloscopistas.
Segundo a corporação, a maioria dos crimes foi motivada por disputas por pontos do tráfico de drogas, principalmente nos bairros São Francisco, Dergo, Capuava e região.
As investigações começaram após ser constatado um aumento significativo do número de assassinatos na capital no último trimestre. Além disso, foi apurado que os crimes eram cometidos a mando de um preso, identificado como José Constantino Júnior, conhecido como “Juninho”, detido na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia.
De acordo com o delegado Thiago Martiniano, a quadrilha agia de forma semelhante e com muita violência, atirando por várias vezes nas vítimas como uma forma de demonstrar poder. Uma delas chegou a ser alvejada por até 90 vezes. Entre os mortos, estão traficantes, usuários de drogas devedores e prostitutas.
A quadrilha composta por seis homens e oito mulheres com idades entre 20 e 25 anos, foi localizada nas cidades de Goiânia, Abadia de Goiás, Trindade e Heitoraí. Com eles, foram encontradas armas, munições, documentos, drogas, granadas e aparelhos telefônicos.
A polícia informou que um dos envolvidos, um mototaxista de 50 anos, chegou a ser preso, mas por problemas de saúde, foi colocado em liberdade sob monitoramento.
Agora, a corporação quer transferir o líder do grupo, o “Juninho”, para um presídio federal a fim de evitar que ele se reorganize e continue comandando o tráfico na capital, mesmo estando preso. Martiniano pontua que dos 23 homicídios, o grupo já foi indiciado por 17 e os outros aguardam laudos necessários para a conclusão dos inquéritos.
Todos os envolvidos devem responder por crimes de homicídio, organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e por porte de arma de fogo.
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