Cotidiano

Polícia desarticula grupo suspeito de furtar R$ 17 milhões em cargas em Goiás

Júlio Nasser

Publicado em 22 de julho de 2016 às 16:43 | Atualizado há 5 dias

A Polícia Civil por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) deflagrou na madrugada desta sexta-feira, 22, uma Operação batizada de Poison, que cumpriu nove mandatos de prisão em Goiânia, Trindade e Região Metropolitana da capital, para combater o desvio de cargas de um grupo que atuava em Goiás, no Distrito Federal e em mais quatro estados.

A quadrilha é suspeita de desviar e furtar R$ 17 milhões em cargas, somente em Goiás. Entre os presos, está o dono de uma transportadora que, de acordo com as investigações, orientava caminhoneiros a desviar a carga e comunicar um falso roubo à polícia. Um dos envolvidos segue foragido.

As investigações apontaram após efetuar o desvio da carga, o grupo a revendia para comerciantes. A polícia informou que os caminhoneiros saíam para fazer as entregas e no meio do caminho iam a locais onde a carga era retirada do veículo. Em seguida, o dono da transportadora orientava os motoristas a comunicar o falso roubo e por último, a carga era revendida para comerciantes.

Durante a operação, a polícia recuperou R$ 700 mil em óleos automotivos, guardados em uma chácara do dono da transportadora.

A apuração sobre o esquema começou há cerca de seis meses quando as denúncias de roubo de cargas levantaram suspeitas á polícia. Segundo a corporação, o grupo atuava em Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais e Maranhão.

De acordo com a polícia, as investigações tiveram início após 23 ocorrências de falsos crimes que levantou a hipótese de que os fatos não eram verídicos. A corporação explicou que os motoristas comunicavam o roubo às autoridades para que os empresários, donos da carga transportada não questionassem sobre o ocorrido. Além disso, as apurações apontam que a quadrilha era bem estruturada e com atuação intensa, uma vez que os lucros provindos do esquema eram altos.

Donos de supermercados que compraram parte destas cargas roubadas já foram presos em outras situações desvinculadas à operação desta sexta-feira. Além disso, outras pessoas ainda podem ser identificadas, podendo responder criminalmente por estelionato.

O grupo detido durante a Operação Poison, será indiciado por furto qualificado, falsificação de documento, adulteração de sinal identificador e organização criminosa.

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