Polícia encontra sete corpos enterrados em casa de pintor, em SP

SÃO PAULO – A Polícia Civil de São Paulo encontrou ao menos sete corpos enterrados no quintal da casa do pintor de paredes Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 41 anos, na Favela Alba, Zona Sul de São Paulo. Ele foi preso na última sexta-feira e confessou ter matado um vizinho e enterrado o corpo dele em casa.

O pintor foi ouvido na manhã desta terça-feira no 16º Distrito Policial (Vila Clementino) – ele está preso no 77ºDP (Santa Cecília) – e indiciado, em um primeiro inquérito, por homicídio triplamente qualificado pela morte de Carlos Neto Alves de Matos Junior, de 21 anos, seu vizinho, e ocultação de cadáver.

Peritos encontraram, na manhã desta terça-feira, na casa do pintor, os restos mortais de uma sétima vítima. O primeiro corpo encontrado foi o do vizinho do pintor, na sexta-feira. No mesmo dia, a polícia encontrou outros restos mortais no local, que não foi preservado pela perícia.

A história chamou a atenção de duas mulheres, a mãe e a companheira de Renata Christina Pedrosa Moreira, desaparecida desde janeiro, que foram ao local nesta segunda-feira e escavaram os cômodos e as paredes da casa de Oliveira, que não estava lacrada, e encontraram restos mortais de outras vítimas.

O último sinal capturado do telefone celular de Renata levou as duas a um beco que dá acesso à casa do pintor.

No local foram encontrados vários pertences, encaminhados para a polícia, que avisou familiares de pessoas desaparecidas na região.

– Tem batom, tem muita roupa, de mulher. De homem tem tênis, tem sapato – disse a delegada Nilze Scapulatiello à TV Globo.

Segundo o SPTV, da TV Globo, Oliveira já cumpriu mais de 20 anos de prisão pela morte de outras duas pessoas, em 1994 e 1995.