Pornografia é encontrada em celular de padre suspeito de estuprar adolescente
Júlio Nasser
Publicado em 6 de junho de 2016 às 18:02 | Atualizado há 9 anosA Polícia Civil divulgou que encontrou fotos e mensagens de cunho pornográfico no celular do padre de 27 anos, que foi preso em flagrante suspeito de estuprar um adolescente de 15 anos, que tem deficiência mental, em um clube de Caldas Novas, região sul de Goiás, no sábado, 4. De acordo com a corporação, apesar de o padre negar a acusação, uma análise psicológica realizada na vítima levanta indícios sobre o crime.
A polícia informou que o teste psicológico mostrou que a vítima, mesmo não apresentando lesões físicas, mostra-se muito abalada, o que prova quase que certeiramente que sofreu algum tipo de abuso.
Ainda de acordo com a corporação, o padre estava na sauna do clube quando encontrou o adolescente. A vítima alegou para a mãe que foi impedida de sair do local pelo padre, até que o ato terminasse. A mãe do jovem informou que o filho tem um problema mental e que por isso não poderia oferecer resistência ao criminoso. Por isso, acionou a Polícia Militar (PM) e todos foram encaminhados para a delegacia da cidade.
A mãe da vítima mora em Brasília no Distrito Federal, e estava em Caldas Novas a passeio. Na delegacia, a mulher apresentou à polícia laudos médicos que comprovam a deficiência intelectual do garoto. Ele sofre de retardo mental e epilepsia. O suposto estuprador mora em Frutal, Minas Gerais, e estava na cidade acompanhando com outro padre e um amigo. O suspeito é vinculado à Arquidiocese de Uberaba (MG).
A polícia divulgou que durante o depoimento prestado pelo padre, ele confirmou que ficou na sauna do clube com o adolescente, mas negou o estupro. Porém, ao entregar o celular à corporação, foram encontradas fotos e mensagens pornográficas, trocadas com outros homens, através de um aplicativo. O aparelho foi apreendido e será encaminhado para perícia.
As investigações já coletaram informações de testemunhas e envolvidos no caso e aguarda o resultado na perícia realizada no celular do pároco, que permanece preso.
A polícia diz que o prazo é de dez dias para concluir o inquérito e caso o abuso seja comprovado, o padre poderá responder pelo crime de estupro de vulnerável e poderá pegar até 15 anos de reclusão.
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