Presa mulher suspeita de mandar matar marido para receber seguros

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira, 25, em Goiânia, Ana Cristina Brasil de 36 anos, dona de casa suspeita de mandar matar o marido, Jucimar dos Santos Bezerra de 34 anos, com o objetivo de receber seguros de vida que totalizam um valor de R$ 120 mil.

De acordo com as investigações a mulher pediu ao irmão, Nédio Brasil de 44 anos, que convencesse o filho, João Marcos Brasil de 20 anos, a matar o tio. Durante depoimento à polícia o trio confessou a participação no crime.

Ainda de acordo com as investigações, após a morte de Jucimar, a mulher efetuou um saque de um dos seguros, no valor de R$ 30 mil. A quantia foi divida com o irmão e o sobrinho.

O assassinato ocorreu no dia 6 de agosto de 2015, no Residencial Mansões Eldorado, região oeste da capital. De acordo com a polícia, o suspeito de ter matado a vítima, teria dito que sua moto estava com problemas mecânicos e chamou o tio para acompanhá-lo até uma oficina. No meio do caminho, João Marcos parou o veículo, simulando uma pane elétrica do carro e quando o tio desceu, ele disparou vários tiros contra a vítima e sem seguida fugiu.

Jucimar foi socorrido por policiais militares que faziam ronda no local onde ocorreu o crime, foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e durante o percurso, minutos antes de morrer, ele afirmou que havia sido baleado pelo sobrinho. A partir da confissão, as investigações começaram em sigilo.

As investigações apontam que a esposa da vítima arquitetou o crime junto com o irmão, que é cadeirante. Ele em depoimento, informou que Jucimar tinha um histórico de conflito com grande parte da família e por isso, não foi descartado a hipótese de que o crime também contou com a participação de outros parentes.

Ana Cristina confessou que recebeu um dos seguros e repassou R$ 5 mil para o autor do crime, caso ele precisasse pagar advogados. Ao irmão foi repassado o valor de R$ 20 mil.

De acordo com a polícia o trio planejava se mudar de estado e foram detidos dias antes da possível fuga. A Polícia Civil notificou as seguradoras em que a vítima tinha firmado apólices para que elas soubessem da existência do inquérito.

Esposa, irmão e sobrinho irão responder por homicídio qualificado e associação criminosa.