Cotidiano

Presos suspeitos de desviar R$ 5 milhões em telhas de empresa em Goiânia

Diário da Manhã

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 18:20 | Atualizado há 6 anos

Foto:Divulgação/Polícia Civil

Policiais da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) prenderam dois homens suspeitos de desviar cerca de R$ 5 milhões em telhas de amianto da empresa Eternit, em Goiânia. Segundo as investigações, a dupla revendia telhas que deveriam ser descartadas por serem consideradas impróprias para a comercialização como se fossem regulares. Os detidos são: Francisco Silva Oliveira, de 33 anos, que era motorista da companhia e seu comparsa, Luiz Fernando Alves de Araújo, de 28, que é um ex-funcionário.

O delegado responsável pelo caso, Alexander Bruno Barros, explicou que a dupla passou a ser investigada após denúncia da empresa há cerca de um mês. Eles foram presos no último sábado, 4. Na ocasião, Francisco estava em um galpão, localizado no Setor Parque Itatiaia, em Aparecida de Goiânia, com uma carreta carregada com 35 toneladas de telhas. No local, também foram encontradas mais 30 toneladas do material que ainda seria comercializado. Após o flagrante, Francisco levou os policiais até a casa de Luiz, que fica na mesma região do galpão, onde havia estocado no quintal, mais 30 toneladas de telhas.

As investigações apontam que os homens agiam há pelo menos um ano e meio e, cada um chegou a lucrar cerca de R$ 10 mil por semana com o esquema. Barros afirma que eles alugaram uma empilhadeira para fazer o transbordo da carga. Ele apura se outras pessoas participavam da prática criminosa. Três comerciantes, donos de lojas e materiais de construção, que seriam receptadores das telhas são investigados.

Conforme a polícia, havia uma fraude na passagem do caminhão, que saía com uma carga menor que a marcada na balança. O delegado explicou que as telhas não atendiam ao padrão técnico da empresa e deveriam ser levadas para um aterro em Minaçu, para que fossem devidamente destruídas e enterradas em um aterro da própria Eternit. No entando, os suspeitos as revendiam normalmente.

Barros ressalta que “além do crime em si” os envolvidos “prejudicam também consumidores e o meio ambiente”. A dupla vai responder pelos crimes de furto qualificado e organização criminosa. Caso sejam condenados, podem pegar até 20 anos de reclusão.

A empresa ainda não se pronunciou sobre o caso.

]]>

Tags

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias