Protesto termina com violência e mais prisões
Júlio Nasser
Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 23:01 | Atualizado há 2 semanasO protesto de estudantes e grupos organizados contrários ao aumento da tarifa de ônibus realizado na região metropolitana de Goiânia terminou novamente em confronto com policiais.
Dois jornalistas do DM foram agredidos enquanto trabalhavam.
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O conflito começou na Rua 3 e na Avenida Goiás. A meta dos protestantes – que reúnem várias lideranças e grupos, estudantes de Ciências Sociais, Letras, Pedagogia, Jornalismo, além de secundaristas – era se manifestar na Praça da Bíblia, setor Universitário, mas uma tática do grupo mudou o ponto do protesto e confundiu a Polícia Militar.
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Na última manifestação, dia 12, os protestantes se frustaram com a estratégia da PM de esvaziar a Praça da Bíblia e reduzir o impacto do protesto. Dessa vez, foi o inverso: a PM é que foi surpreendida e se irritou com a ousadia dos jovens.
Veja vídeo em que mulher é agredida durante protesto
[embed]https://www.youtube.com/watch?v=7TO3E-0p1jc&feature=youtu.be[/embed]E não só jovens apanharam. Mas PMs também. A diferença é que o policiamento estava armado. Uma jovem foi espancada e ficou no chão desmaiada, conforme foto publicada nesta reportagem.
Cerca de 300 pessoas se reuniram no Setor Central para reclamar do aumento de R$ 3,30 para R$ 3,70 no valor do coletivo e cobrar uma posição do Governo de Goiás que ameaça privatizar a Metrobus.
Um dos manifestantes informou à redação do DM que a Polícia Militar realizou novas prisões. As ações começaram na Praça do Bandeirante, onde um pequeno grupo de protestantes iniciou uma série de ações violentas, o que assustou os PMs próximos, os obrigando a revidar.
Conforme militantes, a PM teria utilizado bombas de efeito moral e utilizado armas com balas de borracha. Om manifestantes xingaram os policiais como “trogloditas” e “ditadores”.
Logo após o início das prisões, ocorreu uma série de fugas dos próprios integrantes dos grupos de insatisfeitos. Por fim, o grupo se dispersou na praça Universitária.
Existem relatos de que muitos militantes apanharam de PMs e que o grupo recuou com gritos de que voltará, em uma manifestação ainda mais forte e estratégica.
Esta é a segunda manifestação contrária à privatização da Metrobus e ao aumento das tarifas de ônibus em menos de uma semana.
Conforme apurado entre manifestantes, 16 presos foram levados para a Central de Flagrantes, na Cidade Jardim.
Familiares dos detidos já se dirigem para a Polícia Civil para tentar impedir que os jovens permaneçam presos. Um grupo de advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi chamada para atender aos manifestantes detidos durante as manifestações.
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