Psicóloga dá dicas para manter um relacionamento saudável
Diário da Manhã
Publicado em 12 de junho de 2018 às 01:58 | Atualizado há 7 anosOlhos brilhantes, borboletas no estômago, mãos indecisas, discurso diferente e sorriso frouxo. O começo de um relacionamento é uma delícia, são sentimentos novos que vão desabrochando com cada descoberta. Mas, há quem diga que fazer as emoções durarem no decorrer dos anos de um namoro não é uma tarefa fácil.
Segundo a psicóloga Aline Melo, conviver com alguém diferente é um exercício de paciência e de respeito. “Não há receita para fazer um namoro dar certo, pois cada indivíduo tem uma necessidade diferente. Mas, quando conseguimos respeitar e reconhecer os nossos limites e os do outro, as chances de viver um relacionamento saudável são maiores”, explica.
Pé no chão é o segundo segredo para um relacionamento. A psicóloga ressalta que é importante entender que uma relação há momentos felizes e outros não. “Lidar com nossos sentimentos já é difícil, imagine quando envolve os de outra pessoa também. É importante sabermos que todo namoro passa por crises e situações necessárias de serem discutidas, as famosas DRs”, brinca.
Mas, há diferenças entre discussões corriqueiras e um namoro que já não está mais fazendo bem para um ou para ambos. Ausência de respeito, honestidade, críticas constantes, ciúmes excessivo e desconfianças são sinais de que há algo errado e talvez seja o momento de não continuar com a relação.
Conforme a psicóloga, o ideal de um relacionamento é que um sinta prazer com a companhia do outro e trabalhem juntos o crescimento da relação. É importante praticar o diálogo e evitar a busca pelo par perfeito, aceitando o outro como ele é, sem expectativas e frustrações. Administrar a rotina também é um desafio para o bem-estar do relacionamento.
CIÚME
Um vilão das relações amorosas saudáveis é o ciúme. “É um sentimento comum do ser humano e está voltado ao desejo da exclusividade dos afetos e atenção. Sentir ciúme é normal, porém quando começa a gerar conflitos é importante identificar se há razão para isso. Muitas vezes, pode ser resultado de uma autoestima baixa, o que leva ao medo de perder a pessoa amada”, esclarece a profissional.
Em alguns casos, o ciumento torna-se controlador, checando celular, mensagens, e-mails e redes sociais do parceiro. Curtidas, solicitações de amizade e comentários em posts de aplicativos e sites podem potencializar o ciúme. “Definir e acordar limites para o uso das redes sociais, respeitando as próprias vontades e as da pessoa amada é uma possibilidade para dar mais segurança e diminuir as angústias”, aconselha Aline Melo. Já pedir para que o parceiro abandone as redes não é a melhor solução, uma vez que desta forma o ciumento não enfrenta as situações que o ameaçam, tornando-o ainda mais inseguro.
Entretanto, a psicóloga afirma que, apesar de serem tão complexas as relações amorosas, os benefícios ao cérebro e ao corpo são muito maiores. “Muitos hormônios como a noradrenalina, dopamina e endorfina são ativados no contato com a pessoa amada, refletindo em nosso estado de humor e fazendo com que o enfrentamento dos problemas seja mais leve do que o comum”, afirma.
Lidar com nossos sentimentos já é difícil, imagine quando envolve os de outra pessoa também” Aline Melo
Casados presenteiam mais
A estabilidade financeira e a vontade de manter o clima romântico no relacionamento são as principais motivações para que os casados presenteiam mais no Dia dos Namorados. É o que aponta a pesquisa de intenção de compras para a data realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento revelou que 64% dos brasileiros que pretendem presentear nesta data são casados.
Namoro dentro da empresa é problema?
Com uma jornada laboral diária de oito horas, ou seja um terço dia, não é de se estranhar que muitos namoros e até casamentos surjam no ambiente de trabalho. A compatibilidade e convivência rotineira também favorece esse tipo de situação, que pode ser um problema se o casal não souber separar as coisas.
Essa pelo menos é a avaliação da master coach, especializada em alta performance, Karine Nascimento. Segundo a especialista, o interesse por uma pessoa pode surgir a qualquer hora ou em qualquer lugar, inclusive no trabalho. “As pessoas precisam saber separar a vida profissional da afetiva, até mesmo para preservar a relação e o bom clima organizacional na empresa”, afirma.
Mesmo que existam empresas que sejam resistentes em aceitar namoros no ambiente de trabalho, impedir relacionamentos amorosos entre funcionários é proibido. É o que prevê o artigo 5º, inciso X da Constituição Federal, ao afirmar que “são invioláveis a intimidade e a vida privada das pessoas”. Mas a forma de lidar diariamente com a situação varia em cada empresa.
]]>