Queda evitável
Redação
Publicado em 21 de outubro de 2016 às 00:56 | Atualizado há 8 anosAs quedas são acidentes comuns que ocorrem no dia a dia, porém, existem casos que podem desencadear uma série de limitações físicas e psicológicas. Segundo dados da última estatística do Ministério da Saúde, de 2008 a 2012 houve um aumento de quase 30% no número de fraturas em idosos. Isso também acontece devido ao aumento da população idosa no País, que já consiste em 13% do total, conforme o IBGE.
Para ressaltar a importância da prevenção das quedas, principalmente na faixa etária acima dos 65 anos, a fisioterapeuta do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Lais de Sá Fonseca, esclarece as principais dúvidas sobre o tema.
“Gestantes, crianças e idosos fazem parte do grupo de risco e têm maior propensão aos acidentes”, explica Laís. Porém, orienta que existem dicas de prevenção diferentes de acordo com a idade e suas alterações musculoesqueléticas.
Desenvolvimento
“Entre as crianças, as quedas geralmente são provocadas por acidentes domésticos, já que estão em processo de desenvolvimento neuromotor. As gestantes adquirem alteração da postura, além de frouxidão ligamentar nas articulações, que podem contribuir para as quedas. Em idosos, os principais motivos são ossos e musculatura frágeis e a diminuição dos reflexos de proteção e equilíbrio”, complementa. “É importante que a casa seja adaptada quando há crianças, idosos ou gestantes. Nos casos de pisos escorregadios, o ideal é que eles não sejam encerados. Também devem evitar objetos espalhados pelo chão ou em prateleiras muito altas ou muito baixas, mantendo, portanto, os objetos de uso do dia a dia sempre à mão. É recomendável instalar protetores de quinas nos móveis. Tapetes leves e menores podem ser fixados com fita antiderrapante, porém, o ideal é que sejam retirados”, aconselha a fisioterapeuta.
Os idosos possuem uma alteração da massa muscular e diminuição de reflexos que facilitam o aumento do número de quedas. “Devem ser instalados corrimãos nas residências nos dois lados das escadas, com faixas antiderrapantes nos degraus”.
BARRAS
“Nos banheiros, aconselha-se a instalação de barras de apoio próximas ao vaso sanitário e no box. A realização do banho em posição sentada para pessoas que possuem dificuldades de equilíbrio, como ocorre em portadores de doenças respiratórias, também deve ser considerada. Existem acessórios indicados para esta finalidade que facilitam muito e aumentam a segurança dos pacientes. É importante manter os fios elétricos e extensões fora da área de circulação, prendendo-os, por exemplo, nas paredes ou rodapés. Deixe os ambientes com o mínimo de móveis possíveis, mantendo um espaço livre para caminhar, e com iluminação adequada, especialmente no período noturno”, alerta. O uso de calçados que facilitam as quedas, como chinelos e sandálias abertas, também deve ser evitado. Existem diversos dispositivos auxiliares para caminhada, como bengalas e andadores, que permitem segurança e independência, garantindo que não ocorra diminuição na qualidade de vida. Caso necessário, consulte um fisioterapeuta para indicar o meio auxiliar mais adequado e realizar as devidas adaptações.
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