Cotidiano

Reaproveitar água é a ideia

Diário da Manhã

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 21:40 | Atualizado há 1 semana

Já parou para pensar como será sua vida em uma permanente escassez de água? A água é um bem tão comum no cotidiano das pessoas que se torna impensável viver sem ela. No entanto, não é novidade para ninguém que esse é um recurso natural esgotável e nem sempre é usado de forma consciente.

Tomando este fato como ponto de partida o inventor independente e procurador da União aposentado, João da Silva Garrote, de 79 anos, que dedica boa parte de seu tempo a desenvolver objetos variados para solucionar problemas cotidianos. Adotou recentemente uma medida criativa e prática para economizar água captada da chuva, ao criar um reservatório, em sua casa, que comporta 25 mil litros de água.

Ele que já recebeu o registro de patentes de mais de 30 criações pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) acredita que a solução para a escassez de água é incentivar as pessoas a fazer, em suas casas, reservatório de água para acumular a água da chuva que poderá ser usada em atividades como regagem de plantas, lavar banheiro, carros e calçadas.

“Aqui em casa, assim como em diversos bairros da capital, de vez em quando falta água. Vincular a ideia de que todos podem ter seu próprio reservatório em casa é importante para fazer frente à falta d’água da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Realidade essa presente em Goiânia e demais cidades do Estado, bem como em todo o país” descreve.

O inventor alerta para a realidade da falta de água no país e observa que rios que passam ou nascem no Estado de Goiás, os quais antes eram considerados perenes (que duram para sempre) como o Rio do Ouro, em Porangatu e os Rios Bacalhau e Bagagem, na cidade de Goiás, ultimamente apresentam situações mais críticas na estiagem e chegam a ficar até secos. Por isso, de acordo com ele, é preciso chamar a atenção para a importância de se economizar a água.

“A falta de água é igual a economizar. Se você ganha muito, mas gasta tudo, é a água que foi pelo ralo e não volta jamais, ou seja, assim como podemos economizar o dinheiro através da captação de recursos de emprego, de alugueis e outras formas de renda. Assim, também podemos economizar através desse projeto, captando a água da chuva sem ter que gerar custos, uma vez já tendo gasto na instalação”, avalia.

Como montar projeto parecido?

João Garrote explica que qualquer pessoa que possui uma casa pode implantar o sistema, adquirindo seu próprio reservatório de água

O inventor, João Garrote explica que qualquer pessoa que possui uma casa pode implantar o sistema, adquirindo seu próprio reservatório que pode ser de mil litros até 50 mil litros de água. E, o custo, ele acrescenta, vai variar de acordo com o tamanho da caixa d’ água e se a casa já possui ou não as calhas que irão acolhe a água da chuva até o depósito.

Ele descreve que quanto maior a área do telhado maior será a captação d’ água para o reservatório. “Sabendo que agora estamos na época da chuva e tenho um telhado de 600m2 de área onde foram colocadas calhas para captar a água das chuvas que é canalizada e despejada dentro do depósito de 25 mil litros onde a água fica armazenada” conta.

Em um segundo momento quando é preciso usar essa água ele expõe que existem dois sistemas: um no qual uma bomba d’água joga a água com maior pressão e outra que lança a água pela pressão do próprio reservatório. “A última que não tem muita pressão e serve para completar a água da piscina. Enquanto a que tem maior pressão é usada para lavar calçadas, carros e outras finalidades” define.

João observa que apesar dessa já ser uma medida presente nos prédios de Goiânia para regar jardim, dar descargas, lavar calçadas etc. Esta ideia ainda não foi adotada nas residências. “Adotei a ideia e gastei em média R$ 15 mil que será, em longo prazo, amortecido pelo não pagamento da não utilização da água potável da Saneago que era usada antes da colocação da caixa” conclui.

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