Rodovia goiana lidera assaltos a ônibus interestaduais no Brasil
Welliton Carlos da Silva
Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 11:30 | Atualizado há 2 semanasNão é apenas taxas de homicídios, de estupros e latrocínios que colocam Goiás dentre os líderes no ranking brasileiro da insegurança. Relatório da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) divulgado nesta semana mostra que o Estado é líder em assaltos à ônibus interestaduais. A BR-070 é campeã absoluta de casos em 2015.
De acordo com a ANTT, 8% das ocorrências do país aconteceram em Goiás. O estado registrou 22 crimes em um universo nacional de 260 ocorrências.
A rodovia que corta parte considerável do Entorno do Distrito Federal acaba também levando o estado para o topo de quantidade de assaltos, informa a ANTT. Pela análise quantitativa da agência, Goiás lidera também no país, com 74 crimes. Distrito Federal vem na sequência com 60. Minas Gerais ocupa a terceira colocação, com 30 casos.
Os dados revelam ausência de policiamento ostensivo suficiente para coibir a ação dos marginais, que escolhem como vítimas os moradores da região, que se deslocam para o DF, onde trabalham.
Estados que apresentam um maior quantitativo de policiais rodoviários, como São Paulo (cinco casos) e Rio de Janeiro (apenas um) revelam que é preciso maior investimento para coibir a criminalidade nas rodovias.
RODOVIA PERIGOSA
A delinquência corre solta na rodovia goiana de gestão federal, com ações criminosas de diversas modalidades. Existem relatos de estupros e acidentes de transito graves motivados por ações dos bandidos.
Neste ano, no início do mês, por exemplo, um ônibus tombou após o motorista ter sido fechado.
Na maioria das vezes, os criminosos fecham os veículos de forma violenta, com tiros. Mas a prática de fechar o veículo é comum também.
No caso que ocorreu no dia 2 pode ser que os interessados em roubar os passageiros optou em fugir, já que o veículo tombou e chamaria a atenção da polícia e dos demais usuários da rodovia.
Moradores de Águas Lindas são os maiores prejudicados pelo aumento da criminalidade na região. Sem quantitativo suficiente para impedir a ocorrência dos crimes, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acaba por permitir o aumento significativo de casos a serem investigados pela Polícia Civil que atua na região, uma das mais pressionadas de Goiás, por conta do grande número de crimes ocorridos dentro do município.
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