Cotidiano

Sem recursos

Diário da Manhã

Publicado em 10 de março de 2017 às 02:14 | Atualizado há 8 anos

Sem recursos para seguir funcionando, o Hospital da Mulher e Maternidade Dona Íris (HMDI), a partir de hoje (10/3), suspende consultas, exames e atendimento ao público em geral e só atenderá urgências. A decisão foi confirmada ontem pelo diretor-executivo da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc), que gere o HMDI, José Antônio de Morais.

De acordo com ele, a falta de recursos para comprar insumos básicos, ocasionada pela ausência de repasses de verbas da Prefeitura de Goiânia, levou a fundação a determinar que não “comprará mais nada”. A decisão foi tomada após tentarem mais de um ano resolver a falta de repasse, sem sucesso.

Morais encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde sobre a paralisação no atendimento e declarou que “a partir de hoje compete à Secretaria Municipal de Saúde fazer as compras”. Com base nos dados do ofício, a SMS está com uma dívida com a Fundação em valores superiores a vinte milhões de reais.

“A Diretoria Executiva da FUNDAHC determina que a partir de amanhã (hoje), 10/03/2017, não seja feito mais nenhum pedido de compras com os fornecedores que mantemos contrato de fornecimento, bem como não adquira com recursos do Convênio nº 005/2012 mais nenhum material de consumo, medicamentos e serviços, até que seja restabelecido os repasses regulares da SMS para a FUNDAHC”, informa o ofício.

José Antônio reafirmou que o fato de não terem dinheiro em caixa o obrigou a tomar a decisão que atingirá toda a sociedade. Em Goiás, desde sua reinauguração, em junho de 2012, o HMDI tem realizado uma média de 400 partos mensais, o que representa cerca de 13 bebês nascidos por dia. Mesmo com a inegável utilidade do hospital no atendimento à população, será suspensa uma série de serviços ao público.

Para que a maternidade não deixe de fazer atendimentos básicos, como ultrassom, mamografias e cirurgias eletivas, a Prefeitura de Goiânia precisa repassar, até hoje (10), R$ 4,7 milhões. Isso porque nos meses de janeiro e fevereiro a gestão Iris deveria ter repassado R$ 8,7 milhões à unidade de saúde. Mas passou apenas R$ 4,35 milhões.

A reportagem do Diário da Manhã entrou em contato com assessoria de comunicação da SMS, que pediu que fosse encaminhado por e-mail a solicitação de posicionamento sobre o impasse. A reportagem voltou a pedir posicionamento, mas até o fechamento não havíamos obtido respostas. Buscou-se respostas também do HMDI, que informou que somente hoje o diretor-geral da maternidade falaria com a imprensa.

 

 

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