Cotidiano

Sete professores são presos na Operação Magister

Diário da Manhã

Publicado em 28 de março de 2018 às 19:49 | Atualizado há 7 anos

Fernando César Costa, o coordenador da delegacia de combate à corrupção, ao crime organizado e à sonegação fiscal no Distrito Federal, relatou que algumas das nove pessoas nomeadas pela Secretaria de Educação, não possuíam conhecimento básico do português. As nove pessoas foram presas nesta quarta-feira (28/03) na Operação Magister.

Foram presos pela Polícia do Distrito Federal sete professores e dois técnicos administrativos. Todos foram convocados no início do ano, quando ocorria a terceira fase da Operação Panoptes, que foi batizada de Magister, que investiga a chamada “máfia dos concursos”. O grupo é suspeito de ter comprado a aprovação em concursos.

Ainda segundo o coordenador, duas pessoas ainda estão foragidas. De acordo com a defesa de uma delas, ela se apresentará ainda nesta quarta. A outra pessoa que está foragida, apresentou endereços falsos.

A Operação ocorreu em Brazlândia, Gama, Santa Maria, Guará II, Riacho Fundo I, Taguatinga, Cruzeiro Novo, Mansões Entrelagos e Núcleo Bandeirante, no DF, além de Valparaíso, Formosa e Cristalina, municípios de Goiás.

O esquema

De acordo com as investigações, o grupo criminoso cobrava cerca de 20 vezes o valor do salário que os “candidatos” ganhariam como professores, por exemplo.

Foram identificadas três modalidades de falsificação. Falsificação por uso de ponto eletrônico para receber instruções sobre o gabarito, respostas em aparelhos celulares deixados em diferentes do local de prova e uso de identidades falsas para que uma pessoa se passasse por outra.

O esquema seria liderado por Hélio Ortiz, preso preventivamente na primeira fase da Panoptes, ao lado de Antônio Alves Filho e de Ricardo Silva do Nascimento.

Segundo a Polícia Civil as investigações continuarão e que, “no decorrer de 2018, irá prender candidatos que fraudaram pelo menos 12 concursos no Distrito Federal”.

A investigação

As investigações da Operação Panoptes começaram em maio de 2017, a partir de denúncias de que fraudes estariam sendo cometidas no concurso do Corpo de Bombeiros do DF. Na época, a Polícia Civil identificou duas pessoas que tentaram burlar o exame.

Meses depois, os investigadores concluíram que as tentativas de fraude ocorreram em praticamente todos os concursos recentes e de anos anteriores, inclusive enquanto a operação já estava em curso.

A Polícia Civil contou ainda que qualquer pessoa podia contratar os serviços do grupo criminoso. Caso a vaga fosse para nível superior e o candidato não tivesse graduação, a quadrilha também forjava o diploma.

(Foto: TV Globo/Reprodução)

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