Cotidiano

Sindicatos vão “invadir” Brasília

Diário da Manhã

Publicado em 16 de maio de 2017 às 02:29 | Atualizado há 8 anos

Brasília deve sofrer uma invasão nos próximos dias, pelo menos é o que pretendem fazer as centrais sindicais brasileiras, que prometem ocupar a capital federal nos dias 17 e 24 deste mês, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência.

O plano de ocupar Brasília é assinado pelas principais centrais sindicais brasileiras: CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros, CSP Conlutas – Central Sindical e Popular, CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil, CUT – Central Única dos Trabalhares, Força Sindical, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores e UGT – União Geral dos Trabalhadores.

De acordo com o presidente da CUT, Vagner Freitas, “com o adiamento da votação da Reforma da Previdência, todas as centrais sindicais e movimentos sociais intensificam ações de pressão ao Congresso Nacional na semana de 15 a 19 de maio, com mobilização em Brasília prevista para o próximo dia 17 (quarta-feira). Para o dia 24 de maio está confirmada a Marcha e Ocupação de Brasília”, informa.

De acordo com os organizadores, a pressão já começa a dar resultados. Vice-presidente da CUT-GO, Iêda Leal diz que informações sobre o clima entre os parlamentares no Congresso dão conta que deputados e senadores estão muito incomodados com as mobilizações da classe trabalhadora junto às bases eleitorais dos parlamentares. “Isso fortalece a esperança para continuar e obter as mudanças de votos que precisamos para reverter o roubo de direitos”, frisa.

Atividades 

No dia 17 haverá um mutirão de visita aos gabinetes dos senadores e a intensificação do trabalho de pressão que tem sido feito pelos dirigentes sindicais. Depois disso, o passo seguinte será ocupar a capital federal contra a retirada de direitos trabalhistas, com caravanas de todo o País, aponta o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

“A Greve Geral do último dia 28 mostrou que a informação está chegando à população, que está participando de todas as atividades convocadas. E assim como fizemos a maior Greve Geral da história, também faremos a maior manifestação que Brasília já viu”, apontou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Reforma

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) promovem, na próxima quarta-feira (17/05), a segunda audiência pública conjunta para debater a proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017), enviada pelo Executivo ao Congresso. O debate tem início às 14h na sala 19 da ala Alexandre Costa. Já aprovado pela Câmara, o projeto passará pela análise das duas comissões e também da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O relator do PLC 38/2017 na CAE é o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Na CCJ, o relator é o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Na CAS ainda não há um relator designado.

Na última quarta-feira (10), a CAS e a CAE ouviram o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, que se mostrou favorável à reforma, ainda que com ajustes, e o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, que se disse contrário ao texto por fragilizar a posição dos trabalhadores.

Foram convidados para a próxima quarta-feira o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) José Márcio Camargo; o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo; e o professor da Fundação Dom Cabral Paulo Paiva.

Plenário

Hoje tem sessão temática interativa a ser realizada no Plenário, com início às 11h. Para a audiência pública foram convidados o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira de Oliveira; o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas de Moraes; o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Angelo Fabiano Farias da Costa; o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antônio Neto; o presidente do Instituto do Desenvolvimento do Varejo, Antônio Carlos Pipponzi e a advogada e especialista em Direito Econômico Celita Oliveira Sousa.

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