Taxistas e motoristas de aplicativos deverão fazer exame toxicológico
Diário da Manhã
Publicado em 27 de outubro de 2018 às 01:19 | Atualizado há 6 anosTornar obrigatório pelo menos uma vez ao ano o exame toxicológico para taxistas e motoristas de aplicativos do município de Goiânia. É essa a proposta do vereador Zander Fábio apresentado ontem, 25, na Câmara de Vereadores. De acordo com o projeto de lei, os exames deverão ser efetuados a cada 12 meses e o resultado apresentado à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), para fins de manutenção do seu registro como operador. A lei deverá ser regulamentada pelo Executivo no prazo de 60 dias a partir da sua publicação.
Segundo Zander, “desde 2016 o exame toxicológico é obrigatório para motoristas de caminhões e dados mostram uma redução de mais de 25 % dos acidentes envolvendo esses veículos após a implantação da lei. Se o exame já é exigido de motoristas que transportam cargas, por que não torná-lo obrigatório para quem conduz pessoas? A adoção desta medida tornará o serviço mais seguro para os usuários da nossa Capital”, afirma o vereador.
Desde março de 2016, quando entrou em vigor a Lei Federal 13.103 em todo o território nacional, mais conhecida como Lei do Caminhoneiro ou Lei do Motorista, os condutores das categorias C, D e E são obrigados a fazer o exame toxicológico de larga janela de detecção tanto para obtenção, alteração de categoria, como renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A medida também é válida na admissão e desligamento de motoristas das categorias C, D e E contratados no regime CLT. É importante observar que o exame toxicológico só pode ser realizado em laboratórios devidamente credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
O procedimento para a realização do exame é simples, rápido, indolor e não exige nenhum preparo. O prazo de entrega da Psychemedics é em média quatro dias úteis a partir da chegada do exame para análise.
Para o motorista Carlos da Silva, 23 anos, motorista de aplicativo, essa lei é mais uma forma de colocar dificuldades para o trabalhador. “Eles só querem o nosso dinheiro. Não fazem lei para nos beneficiar”, avalia.
Já o taxista Pedro Augusto, 38 anos, acredita que esse projeto de lei é interessante mas precisa ser repensando e com o diálogo com a categoria. “Eu acho que é uma opção de tornar mais seguro para o passageiro, mas eles não podem tomar uma decisão dessa sem ouvir o nosso lado também”, comenta.
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