Cotidiano

TCM determina fim da farra dos supersalários na Comurg

Diário da Manhã

Publicado em 7 de abril de 2017 às 02:33 | Atualizado há 8 anos

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCMGO), por intermédio do conselheiro diretor da Primeira Região, Daniel Augusto Goulart, relator do processo nº 05454/2017, que trata da instauração  e conclusão de auditoria na folha de pagamento da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), expediu na noite de ontem medida cautelar determinando ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado, e ao gestor da companhia que não sejam concedidos novos quinquênios, incorporações de gratificação ou conceder quaisquer vantagens para os funcionários da empresa.

O Tribunal determinou, ainda, que o prefeito municipal de Goiânia, Iris Rezende Machado, o atual presidente da Comurg, Denes Pereira Alves, e o ex-presidente Comurg Edilberto de Castro Dias para, querendo, apresentarem suas alegações de defesa, bem como juntem documentação probatória, no prazo regimental (20 dias).

Supersalários

Há muito tempo a questão dos supersalários vem sendo denunciada por ações no Ministério Publico, manifestações do próprio poder Executivo e da Câmara. O problema é antigo, e vem desde a administração de prefeitos biônicos (não eleitos pelo voto direto), ou seja, a questão dos altos salários não é exclusiva de nenhuma administração ou gestor. Denúncia feita pelo vereador Elias Vaz (PSB) revela que um esquema de concessão de gratificações, quinquênios e outros benefícios foi montado a partir da entidade classista da Comurg. De acordo com o vereador,  os valores, segundo consulta no Portal de Transparência da prefeitura, na internet, chegariam a R$ 31 mil. Segundo a denúncia, os funcionários seriam dirigentes classistas. Os rendimentos seriam incrementados com o recebimento de horas-extras.

Audiência  

Na última quarta-feira, os vereadores promoveram audiência pública para debater a questão dos supersalários na Comurg. Por mais de uma hora, o diretor administrativo da Comurg (Companhia Municipal de Urbanização), Ormando José Pires, debateu com os vereadores questões sobre altos salários na empresa, bem como uma manifestação ali contra os vereadores que foram à companhia debater com a diretoria novas regras para o pagamento de quinquênio a determinados servidores. Porém, as explicações de Ormando tanto quanto aos salários e a hostilização aos vereadores não convenceram nem foram aceitas pela maioria dos vereadores.

O autor da audiência com o diretor da Comurg, Elias Vaz, PSB, foi incisivo nas suas colocações ao dizer que “o senhor Ormando é um dos beneficiados com um alto salário. Por exemplo, com vencimento de R$ 2.394,00, recebeu em fevereiro último quinquênio acima de R$ 21 mil, quase 10 vezes o salário base”.

E completou: “Não queremos tirar nada do servidor, especialmente do gari. Agora o diretor parece não ter vergonha na cara ao receber R$ 29 mil brutos por dois meses. Isso não tem explicação. Na verdade, ele participa dessa articulação em defesa de privilégios para uma minoria da Comurg. Isso causa indignação. É uma vergonha mentir para os outros servidores. Ele e outros não querem acabar com altos benefícios aos marajás da empresa”, acusou. (Com informações da Secom/TCM e Secom/Câmara)

 

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